Interior paulista também atrai mais shoppings

A região Sudeste como um todo, e especialmente o Estado de São Paulo, receberá certamente o maior número de centros de compras (shopping centers) nos próximos três anos, naquela que não deixa de ser uma preparação para a demanda que existirá no Brasil em 2014 com a realização da Copa do Mundo aqui.

O evento promete trazer um forte fluxo de turistas e fará o Brasil mais atraente como destino, ainda mais se se levarem em conta as Olimpíadas de 2016.

Segundo especialistas do mercado, já existem projetos de 100 novos centros de compras – alguns já em construção – dos quais 59 estão localizados na região Sudeste e, destes, 37 apenas no território paulista.

De acordo com a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), grande parte dos malls estará em cidades do interior e na Grande São Paulo, que os atraem por seu potencial econômico e onde ainda existem espaços, sendo que empresas do setor como Iguatemi Empresa de Shopping Centers (IESC), BRMalls e Multiplan podem até mesmo acelerar as obras e a busca de terrenos para abrir os empreendimentos em tempo para a Copa do Mundo no País.

A Iguatemi Empresa de Shopping Centers (IESC) já afirmou ter encontrado neste um bom período para acelerar investimentos e anunciou, ontem, que fechou um acordo para a construção de um novo shopping na cidade de São José do Rio Preto, no interior do Estado de São Paulo, que terá investimento total de R$ 135,1 milhões.

O acordo de permuta feito define que a Iguatemi ficará com 88% do shopping, e o proprietário do terreno, com os 12% restantes.

O mall, voltado às classes A e B, terá 34,6 mil m² de área bruta locável (ABL) e 251 lojas.

De acordo com a companhia, a previsão é de que shopping traga resultado operacional líquido de R$ 21,6 milhões no primeiro ano de operação.

A empresa afirma tratar-se de um mercado interessante, que conta com uma população de 416,4 mil habitantes, mas que “é sede de uma região econômica que abrange 36 municípios, totalizando, aproximadamente, 784 mil habitantes”, além de ser a maior cidade do noroeste do estado, conforme comunicado enviado ao mercado.

Cristina Betts, CFO e diretora de Relações com Investidores da companhia, afirmou recentemente que a Iguatemi entrará em um novo patamar de crescimento, quase dobrando de tamanho até 2014.

O objetivo é lançar três ou quatro novos projetos greenfield (primeira edificação em uma área ) em 18 meses, com aportes de mais de R$ 400 milhões – segundo prévia, divulgada este mês, dos seus resultados financeiros do ano passado.

A empresa afirma que em 2010 espera crescimento da receita líquida de 15% a 17%, e em 2009 acredita ter superado 12% de alta.

Outra que está marcando presença na região é a BRMalls, que este mês adquiriu um terreno no Município de São Bernardo do Campo, a quarta maior cidade do estado.

Segundo a empresa, a meta é desenvolver um projeto de uso misto incluindo um shopping center de cerca de 35.

000 m² de ABL inicial e potencial de futura expansão para até 55.000 m². Com a localização, a aposta é na economia da cidade, baseada na indústria automobilística, além de estar próxima da Rodovia Anchieta e a menos de 1 km do trecho sul do Rodoanel. A população da cidade é de aproximadamente 811 mil habitantes.

A Multiplan também tem anunciado novos projetos este ano, sendo um deles o Jundiaí Shopping -na cidade de Jundiaí, próxima da capital paulista-, que só na sua primeira fase terá investimento de R$ 240 milhões.

A empresa recebeu no último dia 15 de janeiro a licença para o desenvolvimento do mall, em cujo projeto consta que terá aproximadamente 35 mil m².

As obras devem começar no segundo semestre deste ano, no terreno que fica a apenas 20 minutos de Campinas (SP), e a cerca de 40 minutos da capital paulista.

Casas Bahia abre mais 3 lojas no mercado baiano

A rede Casas Bahia, líder em venda de eletrodomésticos e móveis no País, com mais de 500 lojas, continua sua expansão no nordeste brasileiro e no Estado da Bahia com a abertura de mais três lojas, alcançando mais de 15 unidades neste mercado.

Uma delas vai ser aberta hoje na cidade de Candeias, no interior do estado, que envolve o polo industrial e o Porto de Aratu.

De acordo com a rede, a inauguração representa mais um passo na interiorização da atuação do grupo no estado.

Com a abertura foram criados 32 novos empregos. Os Municípios de Feira de Santana e Lauro de Freitas também já contam com unidades da marca. No mesmo dia, a Casas Bahia inaugura mais duas filiais em Salvador, na região central da capital. Uma das unidades é uma nova loja-conceito do grupo no Shopping Piedade, que já possui outra loja da rede.

Nesta filial serão 50 colaboradores, numa mega loja de cerca de 2,5 mil metros quadrados.

A rede ainda deve promover shows para os consumidores locais, já que a ideia deve ser a de marcar as aberturas das lojas para o público emergente e, por isso, estão previstos alguns pocket shows de artistas baianos em cada uma das inaugurações.

Também está em construção o novo centro de distribuição (CD) da empresa no Município de Camaçari, em substituição ao que funciona atualmente no bairro de Pirajá, com investimentos previstos de R$ 40 milhões e geração de 400 empregos diretos.

Mesmo com a fusão de Casas Bahia e Globex, do Grupo Pão de Açúcar (GPA), no final do ano passado, a previsão é de que as bandeiras do grupo sejam mantidas, sendo a Casas Bahia destinada às classes C e D, principalmente.

Logo depois do anúncio da transação, o empresário Michael Klein, que estava à frente da rede e agora faz parte do conselho da nova empresa, afirmou que existem cerca de 100 lojas da Casas Bahia e do Ponto Frio que são conflitantes, ou seja, ficam em uma mesma rua ou shopping, havendo a possibilidade, quando estiverem localizadas em imóveis contíguos, de serem unificadas, adotando uma marca ou outra, conforme o público do local.

A bandeira do Ponto Frio se posicionará para as classes A, B e C.

O grupo está realizando pesquisas para saber qual marca é mais forte em cada uma das cidades brasileiras.

A megaempresa terá faturamento que se estima em mais de R$ 18,5 bilhões e tem 1.015 lojas em todo o País.

Samsung e LG sofrem em seu país natal

Por mais de um ano Bae Jae Hyun se perguntou por quê suas amigas estavam tão animadas com o iPhone. Ela estava contente com seu telefone coreano e desconcertada com o fato de um telefone que ainda nem estava disponível no país ser tão desejado. Mas quando o iPhone chegou à Coreia do Sul, em novembro, não demorou muito para Bae mudar de ideia e comprar um. “Agora entendo porque elas estavam tão obcecadas por ele”, diz essa estudante de 22 anos.

Em dezembro, os coreanos compraram cerca de 200 mil iPhones – o melhor mês já registrado na Coreia para um telefone celular. Num país onde as gigantes domésticas Samsung e LG controlam, juntas, 80% do mercado de celulares, isso é uma grande vitória para a Apple. “O iPhone é muito melhor do que qualquer telefone coreano que já vi”, diz Kim Ho Heok, uma colega de escola de Bae.

A popularidade do iPhone é um sinal de que a Coreia pode estar perdendo sua vantagem no mercado internacional, apesar da reputação de ser o epicentro da excelência digital. O país ainda domina a área de equipamentos, mas está tropeçando no software. A Samsung e a LG, a segunda e a terceira maiores fabricantes de celulares do mundo, produziram juntas quase um terço dos telefones móveis vendidos no mundo no ano passado, mas a participação das duas no mercado de telefones inteligentes foi de apenas 4%. Isso é importante porque os telefones inteligentes proporcionam lucros maiores que os aparelhos tradicionais, e são cada vez mais populares entre os consumidores. Os coreanos vêm lançando modelos com telas que funcionam à base de toque, câmeras de alta resolução e aparelhos de TV. Mas frequentemente eles são mais complicados de serem usados que os concorrentes da Apple e da Research In Motion (RIM), fabricante do BlackBerry.

As deficiências dos aplicativos coreanos são uma preocupação crescente para os líderes políticos e empresariais do país. Em 4 de fevereiro, o presidente Lee Myung Bak convocou uma reunião especial de seu gabinete para discutir o problema. Ministros foram informados que o país responde por apenas 1,8% do mercado mundial de software de todos os tipos, muito embora domine as vendas de chips de memória, telas de cristal líquido e televisores de tela plana.

A Samsung vendeu 227 milhões de celulares no ano passado – dez vezes mais que a Apple -, mas seus lucros foram menores porque as margens de lucro são muito menores. “O governo vem se preparando para mudar nosso foco do equipamento para o software há cerca de um ano, mas a sensação provocada pelo iPhone serviu de alerta”, afirma Lee Sang Jin, que supervisiona a divisão de software do Ministério da Economia do Conhecimento, conhecido até dois anos atrás como Ministério do Comércio, Indústria e Energia. Seul, que há muito vem tendo um grande papel no direcionamento de setores importantes, lançou um programa bancado pelo Estado para incentivar companhias iniciantes de software. O Ministério da Economia do Conhecimento tem um orçamento de US$ 880 milhões para apoiar companhias de software pelos próximos três anos. O governo pretende dobrar o número de engenheiros coreanos de software de 2008 até 2013, para 300 mil, e triplicar as exportações de software para US$ 15 bilhões.

“Não acho que vou querer ter um celular coreano nos próximos anos”, diz Yoon Ju Hwan, um gerente de fundos de 30 anos que comprou um iPhone em dezembro.

“Nós simplesmente não temos capacidade de criar o tipo de coisa que a Apple cria”.

Bancos são proibidos de cobrar tarifa por emissão de boleto bancário

A 4ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que a cobrança, feita pelos bancos, de tarifa pela emissão de boleto bancário ou ficha de compensação é abusiva.

Para os ministros, que rejeitaram recurso do ABN Amro Real e so Banco do Nordeste do Brasil, a taxa constitui vantagem exagerada dos bancos em detrimento dos consumidores.

Segundo o STJ, os serviços prestados pelo banco são remunerados pela tarifa interbancária e, assim, a cobrança de tarifa dos consumidores pelo pagamento mediante boleto ou ficha de compensação constitui enriquecimento sem causa por parte das instituições financeira, pois há ?dupla remuneração? pelo mesmo serviço.

O Ministério Público do Maranhão ajuizou ação civil pública contra vários bancos que insistiam em cobrar indevidamente tarifa pelo recebimento de boletos e fichas de compensação em suas agências.

Para o MP, a ilegalidade de tal prática já foi reconhecida pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), por conta da existência de tarifa interbancária instituída exclusivamente para remunerar o banco recebedor.

Em primeira instância, os bancos foram proibidos de realizar tal cobrança sob pena de multa diária de R$ 500 por cada cobrança.

A sentença foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Maranhão.

Os bancos então recorreram ao STJ alegando que a cobrança de tarifa é legal, e que o Ministério Público não tem legitimidade para propor tal ação, já que os direitos dos clientes não são difusos, coletivos e, tampouco, individuais homogêneos.

Em seu voto, o relator do caso, ministro Luis Felipe Salomão, ressaltou que cabe ao consumidor apenas o pagamento da prestação que assumiu junto ao seu credor, não sendo razoável que ele seja responsabilizado pela remuneração de serviço com o qual não se obrigou, nem tampouco contratou, mas que é imposto como condição para quitar a fatura recebida.

Para ele, tal procedimento gera um desequilíbrio entre as partes, pois não é fornecido ao consumidor outro meio para o pagamento de suas obrigações.

Segundo o relator, a legitimidade do Ministério Público é indiscutível, pois a referida ação busca a proteção dos direitos individuais homogêneos e a defesa do consumidor, conforme prevêem os artigos 127 da Constituição Federal e 21 da Lei 7.327/85.

Ao rejeitar o recurso dos bancos, a Turma manteve a multa diária, uma vez que não é possível determinar a quantidade de consumidores lesados pela cobrança indevida da tarifa.

Junho deve liderar vendas de eletroeletrônicos no Rio em 2010

Uma pesquisa do Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico, Eletrônicos e Eletrodomésticos do Município do Rio de Janeiro (Simerj) aponta que junho, entre os demais meses do ano, é o período com maior intenção de compra de produtos eletroeletrônicos por parte de consumidores em 2010, com 14,24%, seguido por dezembro e fevereiro, com 9,31% e 8,50%, respectivamente.

Promovido em parceria com a Fecomércio-RJ, o levantamento também mostrou que ventiladores, ar condicionados e celulares lideram as pretensões de compra dos cariocas, principalmente no primeiro semestre.

A pesquisa, realizada entre 14 e 21 de janeiro, ouviu cerca de 2,8 mil pessoas em cinco locais da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e avaliou as pretensões de compra de dez produtos (cinco eletrodomésticos e cinco eletrônicos): ventilador, televisão, aparelho de som, ar condicionado, telefone celular, computador, aparelho de DVD, máquina de lavar, fogão e geladeira.

De acordo com o estudo, o fato de que muitos trabalhadores aproveitam junho para tirar férias, dando-lhes mais tempo para pesquisar preços, pode ser um dos fatores que explicaria a preferência dos consumidores pelo mês.

Uma possível renda adicional decorrente da venda de parte das férias, associada ao pagamento da primeira parcela do 13º salário dos funcionários públicos, que possuem significativa participação no mercado de trabalho carioca, também são outras razões que poderiam corroborar a tendência.

Ainda em 2010, dezembro reúne 9,31% das pretensões de compra, em que pesam, principalmente, a presença do Natal e o acréscimo da renda do trabalhador com a entrada do décimo terceiro salário para impulsionar o mercado de eletroeletrônicos no período.

Já em fevereiro, que obteve 8,50% das intenções, fatores conjunturais, como o aumento do poder de compra da população, a retomada do crédito e da confiança do consumidor, são considerados determinantes para o aquecimento das vendas no curto prazo.

Como no final do ano passado, quando liderou as intenções de compra, o ventilador é o produto que obteve a maior índice pretensão de compra até março, com 50,36% da preferência dos potenciais consumidores.

Outros eletroeletrônicos que registraram demanda elevada no período foram: o telefone celular, o aparelho de DVD, o ar condicionado e a televisão, com 34,55%, 24%, 22,33% e 16,79%, respectivamente.

No caso do ventilador e do ar condicionado, as altas temperaturas do verão acabam justificando a grande procura por estes produtos.

O eletroeletrônico que registrou a mais baixa demanda entre os dez produtos da pesquisa até março foi o aparelho de som, com 11,43% das intenções durante o período em análise.

Outros equipamentos que registraram pouca procura foram: o computador (13,09%), o fogão (13,45%) e a geladeira (13,67%).

Construtoras já discutem segunda etapa do Minha Casa, Minha Vida

Menos de um ano após o início do programa habitacional, as empresas de construção civil já começaram as articulações para o lançamento do “Minha Casa, Minha Vida 2”.

Na Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o setor reunirá ainda neste mês as propostas de aperfeiçoamento ao programa, que serão, em seguida, apresentadas ao governo, disse hoje o presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), João Crestana.

O plano é pegar carona na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cujo lançamento é previsto para o final de março.

“Para que em 2011 estejamos trabalhando firme (em um novo programa), é preciso haver uma discussão desde já”, afirmou Crestana durante encontro com jornalistas.

Segundo ele, a solução de um déficit habitacional de aproximadamente 7 milhões de moradias precisa ser tratada como uma política de Estado que seja perene, e não apenas de um governo.

Crestana avalia que o país ainda precisará de 15 anos a 20 anos para sanar o déficit habitacional.

O plano original do “Minha Casa, Minha Vida” previa 1 milhão de residências em um prazo “informal” de dois anos, afirmou o presidente da entidade.

Para ele, até o primeiro trimestre de 2011, o governo já terá cumprido a meta, pelo menos no que se refere a contratações, uma vez que o término de parte das casas previstas pode se dar apenas em 2012.

Crestana assinalou ainda que alguns desafios precisam ser superados no âmbito do programa, como uma participação mais significativa de bancos privados, além da Caixa Econômica Federal (CEF), e maior celeridade na aprovação dos contratos.

Fora isso, ele apontou que o setor precisará criar 200 mil vagas de trabalho neste ano para fazer frente ao maior ritmo de construção de imóveis.

Nesse ponto, o representante das construtoras disse que a maior parte dessas contratações necessitará de investimentos em programas de treinamento e atingirá uma parcela da população de baixa renda que recebe recursos do Bolsa Família.

Com isso, Crestana considera que o grande desafio será encontrar formas de estimular esses beneficiários a buscar emprego, mesmo com a possibilidade de perder o benefício por conta do aumento da renda.

Walmart começará a vender vídeos online

A empresa americana Walmart se lançou no ramo de distribuição de vídeos pela internet com a compra da pequena Vudu, cujo sistema está integrado a um crescente número de televisores conectados à rede mundial de computadores.

“A operação será concluída nas próximas semanas”, disse o Walmart em um comunicado, divulgado na segunda, sem detalhar valores ou termos da aquisição.

Esta compra permite a empresa entrar no promissor mercado dos vídeos pela internet.

Lá, enfrentará a concorrência da Netflix e da Blockbuster, além da Hulu, criada em 2007 por vários dos principais estúdios de Hollywood e especializada na livre difusão de programação de qualidade.

“O verdadeiro vencedor aqui é o consumidor”, destacou o vice-presidente do Walmart, Eduardo Castro-Wright, citado no comunicado.

“Combinar a tecnologia e a experiência da Vudu e o tamanho do Walmart dará aos consumidores um acesso sem precedentes a uma ampla gama de ofertas de entretenimento, enquanto evolui a migração para o digital”, acrescentou.

Corretoras revisam expectativas para Lojas Renner após balanço

A Lojas Renner surpreendeu os investidores com lucro líquido recorde de R$ 100,3 milhões no quarto trimestre de 2009.

A soma representa um aumento de 53,4% sobre os R$ 65,4 milhões embolsados ano antes.

Seguindo a divulgação dos resultados, algumas corretoras reavaliaram os modelos de análise para a companhia.

O UBS incorporou os resultados trimestrais e o resultado foi uma alta no preço alvo de R$ 45,00 para R$ 49,50.

A recomendação para o papel é de “compra”.

Já o Morgan Stanley reiterou o rating “overweight”, ou acima da média do mercado, e preço alvo de R$ 46,00 por ação.

“Conforme demonstrado no quarto trimestre, há risco de crescimento nas margens conforme as vendas se recuperarem, o que faz da Renner o papel de precificação mais atraente no segmento de consumo do Brasil”, disse a instituição em relatório.

A Bradesco Corretora, mesmo com os resultados superando suas estimativas, manteve a nota do papel em “marketperform”, ou média do mercado, com preço alvo de R$ 35,00.

No entanto, os analistas não descartam revisar em breve essas estimativas.

Para a Link Investimentos, em linhas gerais os números foram bons e devem trazer um bom momento para as ações da companhia no curto prazo.

No entanto, a corretora ainda acha que o potencial de valorização do papel no longo prazo é mais limitado e, por isso, manteve o rating “underperform”, ou abaixo da média de mercado, para o ativo ON da varejista.

Para os analistas da Itaú Corretora os resultados renovaram a confiança no potencial de valorização da companhia e, por essa razão, elevaram a nota para “outperform”.

O preço alvo também foi revisado, passando de R$ 44,60 para R$ 52,50.

Mercado de portáteis se recuperará em 2010, diz Gartner

O mercado de celulares irá se recuperar de maneira mais forte do que a esperada este ano à medida em que a retomada econômica reforça as compras de novos eletrônicos e com os fabricantes oferecendo produtos mais baratos, afirmou a empresa de pesquisa Gartner nesta terça-feira (23/02).

O mercado encolheu 1% em 2009, a primeira queda em oito anos com os consumidores reduzindo as compras em meio à recessão.

Mas a analista da Gartner, Carolina Milanesi, disse agora que espera que o mercado cresça de 11 a 13% este ano, contra a previsão de 9% em dezembro.

“A economia parece estar se estabilizando mais em uma recuperação do que previmos em dezembro”, disse Milanesi.

“O crescimento nas vendas voltará para a casa de dois dígitos, mas a competitividade continuará a limar as margens dos fabricantes”.

A Gartner está mais otimista que a líder do setor, a Nokia, que prevê um crescimento em torno de 10%, e também maior que o consenso de analistas de 11% apurado pela Reuters.

A Gartner vê o volume do mercado de smartphones crescendo 46% ante os 172,4 milhões de unidades vendidas no ano passado, impulsionado por modelos mais baratos.