Procura das empresas por crédito tem maior alta em 17 meses, diz Serasa

A procura das empresas brasileiras por crédito teve alta de 11,4% em fevereiro em comparação com igual mês de 2009. Esse foi o maior crescimento em 17 meses – em setembro de 2008, a expansão havia sido de 12,6%. Segundo pesquisada divulgada nesta quarta-feira pela Serasa, comparada com janeiro deste ano, a demanda por empréstimos caiu 3,6%, mas por causa do efeito calendário, já que o segundo mês do ano tem menor quantidade de dias úteis.

No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o avanço é de 7,1%. No mês passado, a alta de 11,4% foi liderada pelo crescimento de 15,7% na procura por crédito das grandes empresas, seguida pelo crescimento de 12,7% na demanda das micro e pequenas e empresas. Já as médias apresentaram recuo de 7,1%. Esta queda, segundo a Serasa, reflete, provavelmente, um cenário internacional ainda dominado pelo baixo dinamismo econômico.

A pesquisa também mostra que as empresas do segmento de serviços lideraram a busca por crédito, com alta de 13,5% em fevereiro em relação a igual período de 2009. Em seguida, ficaram as empresas ligadas ao comércio, com avanço de 10,6%. As indústrias, por sua vez, ficaram com o menor crescimento da procura por crédito: de 7,9%. Por locais, a maior alta na procura por crédito ficou com a Região Centro-Oeste (15,7%), enquanto a menor elevação ficou com a Região Sul (9,2%).

Fiat inicia recall do Stilo nesta quinta-feira

A Fiat inicia hoje (18/03) o recall de 52.474 unidades do Stilo em todo o país. Os proprietários poderão procurar as concessionárias da montadora a partir de hoje para a substituição dos cubos de rodas traseiras do veículo, em atendimento à determinação do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, ligado ao Ministério da Justiça. O recall será para os carros fabricados entre 13 de abril de 2004 e 9 de março de 2010, sem freios ABS. Os chassis têm número de série de 3025720 a 3098841. Nos respectivos veículos, os cubos das rodas traseiras, fabricados em ferro fundido, deverão ser substituídos por peças em aço forjado.

O serviço é gratuito e deverá ser agendado nas concessionárias ou oficinas assistenciais Fiat. Em caso de duvida, o cliente deve entrar em contato com a Central de Relacionamento Fiat, no telefone 0800 707 1000 ou pelo site da montadora. O Ministério da Justiça multou a Fiat em R$ 3 milhões devido a um defeito nas rodas do Stilo que causou acidentes e não foi solucionado pela montadora.

Para o presidente da Fiat, Cledorvino Belini, a determinação do governo foi fruto de “confusão”. “Eu recebi com muita surpresa [a notícia], porque os dados que temos indicam que não há defeito nenhum nas peças. Fizeram uma confusão”, disse. A convocação dos proprietários, segundo ele, tem o objetivo de “deixar os clientes tranquilos”.

BR Malls planeja mais aquisições neste ano

A BR Malls, proprietária de diversos shoppings no Brasil, planeja desembolsar R$ 500 milhões em aquisições em 2010. O valor, que até poderá ser maior se necessário, supera o orçamento de R$ 350 milhões que será destinado pela companhia à construção e expansão de empreendimentos neste ano. Diferentemente de alguns de seus concorrentes, que olham as aquisições com ressalvas, o diretor financeiro da BR Malls, Leandro Bousquet, avalia que ainda há boas oportunidades na praça.

A Multiplan e Iguatemi pensam de outra forma. Cristina Betts, vice-presidente de finanças do grupo Iguatemi, afirma que a empresa está mais interessada na construção e expansão de shoppings do que em aquisições. “Olhamos o que existe, mas a nossa preferência é pela expansão orgânica [com empreendimentos próprios]”, disse a executiva.

Segundo Isaac Peres, presidente da Multiplan, as taxas de retorno em empreendimentos construídos pela companhia são de 20%, enquanto essas taxas caem para 4% nos shoppings adquiridos. “Os lojistas estão em fase de expansão e estão em busca de novos espaços, de novos shoppings”, afirma o vice-presidente da companhia, Armando D Almeida Neto.

Com os dois concorrentes aparentemente fora do páreo – ou com pouco apetite para aquisições -, a disputa tende a ser menos acirrada para a alegria da BR Malls e os demais compradores. Em 2009, a BR Malls investiu algo entre R$ 350 milhões e R$ 400 milhões na compra de empreendimentos ou de participações maiores nos shoppings em que já detém ações.

Em média, a BR Malls possui 46% do capital dos empreendimentos em que está presente, enquanto a Multiplan e Iguatemi costumam ser majoritárias em seus shoppings. “Mas, nos nossos 13 shoppings mais importantes, que respondem por 80% de nossa receita, nossa participação média é de 75%”, diz Bousquet.

Com uma equipe dedicada a avaliar aquisições, a ordem não é apenas receber as ofertas, mas também ir atrás de negócios. Apesar de elevar o orçamento com aquisições para R$ 500 milhões, o valor ainda será bem inferior ao que foi gasto pela companhia em 2007, quando investiu R$ 1,8 bilhão.

A empresa encerrou 2009 com um caixa bruto de R$ 1,1 bilhão – no fim de 2008, ela possuía R$ 773 milhões. A companhia terminou o ano com uma dívida líquida de R$ 300 milhões. Segundo Bousquet, com o caixa existente e que ainda será gerado, a empresa possui os recursos para levar adiante seus investimentos.

O balanço da BR Malls no quarto trimestre surpreendeu os analistas. “O resultado veio acima das nossas expectativas e do consenso de mercado em termos de [lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização] e lucro líquido, e em linha em receitas”, escreveu a corretora Ativa.

No quarto trimestre, o lajida ajustado (que desconsidera os efeitos da avaliação de propriedade para investimento) atingiu R$ 110 milhões, com um crescimento de 36,6% sobre igual período de 2008. A margem lajida apresentou uma forte melhora, alcançando 85,1% no trimestre, 5,6 pontos percentuais maior que a registrada em 2008. Em todo o ano de 2009, a margem lajida (ajustada) cresceu de 75,3% para 81,4%.

O lucro líquido da BR Malls foi de R$ 85 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 20 milhões em igual período do ano anterior.

Desde que a GP saiu do capital da BR Malls, há quatro meses, as ações da companhia passaram a ser negociadas com deságio em relação à Multiplan. Até então, a BR Malls costumava ser cotada com um prêmio. “Acreditamos que as ações da BR Malls estejam relativamente barata quando comparada aos seus pares, com desconto de 16% se comparados a relação entre os múltiplos atuais com o histórico”, disse a Ativa.

Na Jordânia, Lula afirma ter ido mais longe que D.Pedro II

Em um discurso em Amã, capital da Jordânia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que nenhum chefe de Estado do Brasil esteve naquele país. “Nenhum presidente brasileiro veio aqui. D. Pedro não veio aqui, D. Pedro parou em Israel”, disse o presidente, durante o Encontro Empresarial Brasil-Jordânia. Desde que D. Pedro II passou pela Terra Santa há 150 anos, nenhum chefe de Estado brasileiro esteve no local em visita oficial.

Lula encerra hoje (18/03) a visita de quatro dias ao Oriente Médio, em que passou por Israel, Cisjordânia e Jordânia. Ainda nesta manhã, ele deve retornar ao Brasil, enquanto o chanceler brasileiro, Celso Amorim, segue para a Síria.

TIM oferece Opera Mini grátis

Em linha com o mercado de telefonia móvel, que se esforça para ampliar a receita gerada pelo serviço de dados, que atualmente representa apenas 27% da receita de serviços, a TIM oferece aos clientes a nova versão do navegador Opera Mini para incentivar o uso da web por celulares e smartphones. Em nota, a companhia informa que o aplicativo está disponível para download por meio do Portal TIM Wap. Com isso, mesmo que o cliente não possua um smartphone, poderá baixá-lo.

Hitachi quer 25% do mercado do Brasil até 2012

A japonesa Hitachi Data Systems Corporation, fabricante de dispositivos de armazenamento, aposta no mercado brasileiro como motor para aumentar a fatia sobre o mercado de armazenamento de dados que, segundo o International Data Corporation (IDC), deve movimentar até 2012 cerca de US$ 294 milhões. Em dois anos, a empresa, que faturou US$ 27,54 bilhões no ano passado, espera ampliar market share no País para 25%, ante os atuais 12%.

No ano fiscal de 2010, que termina em abril próximo, o Grupo Hitachi Storage Solutions espera um incremento de 7% da receita mundial, ante os US$ 102 bilhões do ano fiscal anterior, segundo Hubert Yoshida, vice-presidente da empresa. A receita no País deve crescer ainda mais, podendo chegar a 25%. A empresa, que no último ano instituiu dois novos escritórios no Brasil, em Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG), registrou uma expansão recorde no último trimestre fiscal, findo em janeiro: 15%.

Segundo o IDC, os principais clientes deste mercado serão governo, varejo e indústrias como a farmacêutica. A japonesa Hitachi mira no Brasil para viabilizar o crescimento mundial esperado de 7% sobre a receita de US$ 102 bilhões no ano passado e planeja ter 25% do mercado interno até 2012.

Universidades Federais não completam vagas via Enem

Ao menos sete universidades que selecionaram calouros pelo Enem não preencheram todas as vagas. A expectativa é que 6 mil vagas não tenham sido preenchidas, pouco mais de 10% do total. O Ministério da Educação divulga balanço hoje (17/03). A ociosidade é mais um problema do sistema implementado no fim do ano passado pelo governo Lula. Houve vazamento da prova, divulgação de gabaritos errados e cancelamento do exame do meio do ano.

No domingo passado (14/03), estudantes apareceram na internet como aprovados, mas, depois, saíram da lista. Segundo o Ministério da Educação, isso ocorreu porque alguns alunos conseguiram, judicialmente, a inclusão como aprovados. A sobra de vagas só não foi maior porque o MEC decidiu fazer uma chamada extra de calouros. Inicialmente, seriam três, mas houve a criação de uma lista de espera, cujas matrículas acabaram ontem.

Ainda assim, segundo levantamento feito pela Folha, estão com vagas ociosas as federais de SP (Unifesp), uma das mais importantes do país; do Pampa; tecnológica do PR; do Vale do São Francisco; do Recôncavo Baiano; de Lavras; e de MT. Elas já decidiram que farão novas chamadas, com base nas notas dos alunos no Enem.

Encontro de gerações da moda marca os 30 anos do RIOSUL

Um encontro de gerações do mundo da moda, em uma campanha para lá de inusitada com os modelos que fizeram e fazem a cabeça dos principais desfiles de moda no mundo, e uma exposição interativa e tecnológica sobre os 30 anos de moda do primeiro shopping carioca. Esses são os presentes que o Riosul Shopping, na capital fluminense, em comemoração aos seus 30 anos de histórias e de relação íntima com os cariocas, preparou para os seus clientes. No dia 14 de abril, o centro de compras estará em festa para receber seu principal convidado: o público.

O empreendimento está investindo R$ 6 milhões para comemorar em grande estilo e terá em sua campanha as estrelas: Luiza Brunet e Paulo Zulu, fotografando os três momentos da campanha; Ana Beatriz Barros e Felipe Hulse focando a moda atual e Katia Selinger e Gabriel Burguer vivendo as tendências do futuro da moda.

“O Riosul é o primeiro shopping da cidade. São 30 anos de participação ativa na vida dos cariocas. Queremos que os clientes do shopping revivam os grandes momentos da moda das décadas de 80, 90 e 2000, além de pensarem no conceito de moda do futuro. A exposição, totalmente interativa e high tech, com concepção tecnológica de Batman Zavareze, será um dos diferenciais das comemorações”, afirma Márcio Werner, superintendente do shopping. Em 2009, o Riosul inaugurou 30 novas operações, tais como Le Lis Blanc, Espaço Fashion, Totem, Francesca Romana Diana, restaurante Ícaro entre outras.

Bradesco capta US$ 750 milhões no exterior

O Bradesco captou ontem no mercado externo US$ 750 milhões em títulos de vencimento em cinco anos e pagou rendimento de 4,101% ao ano pelos papéis. Segundo bancos, a demanda foi de três vezes o total da oferta, o que permitiu ao Bradesco baixar o rendimento dos iniciais 5% ao ano propostos para 4,101%, o equivalente a 175 pontos básicos sobre os títulos do Tesouro dos EUA.

Os líderes da transação foram o Goldman Sachs, o Bradesco BBI e o Banco Votorantim. Na última vez que lançou papéis no mercado externo, em setembro, o Bradesco captou US$ 750 milhões pelo prazo de vencimento em dez anos e com rendimento de 6,75% ao ano.

O diretor de relação com os investidores da BM & FBovespa, Carlos Kawall, afirmou que ” pelo menos inicialmente ” o valor da captação que a bolsa pretende fazer é de US$ 300 milhões. Ele não descartou, no entanto, que os valores possam ser maiores, a depender das conveniências do momento para a empresa. Bancos disseram ao Valor que a bolsa andou sondando o mercado para captar entre US$ 500 milhões e US$ 600 milhões no exterior.

Ainda segundo Kawall, a captação poderá acontecer no mercado interno, em reais. ” Estamos avaliando a melhor alternativa”, diz. Ele explicou que, no entanto, que a transação só vai acontecer se a assembleia de acionistas aprovar o aumento de participação dos atuais 1,8% para 5% no CME Group, que controla a Chicago Mercantil Exchange, com gastos de US$ 620 milhões. ” A assembleia deverá acontecer em abril, provavelmente só no final, e antes disso não vamos captar nada ” , disse.

Sobre o interesse da BM & FBovespa e da CME, juntas, em fazer parcerias ou comprar outras empresas na América Latina, o executivo lembrou que no dia 8 de março a CME anunciou um acordo estratégico com a Bolsa Mexicana de Valores (BMV), empresa operadora da Bolsa do México, para o roteamento de ordens de derivativos. O negócio envolveu a aquisição de uma participação de 1,9% no capital da BMV, avaliada em US$ 17 milhões, além do direito da CME de indicar um membro para o conselho de administração.

Pelos termos do acordo, a CME se tornará provedora exclusiva do serviço de roteamento de ordens de negociação de derivativos para a BMV a partir de países de fora da América Latina. A BMV, por sua vez, terá exclusividade no México para fornecer os serviços do CME de roteamento de ordens de derivativos.

Segundo o comunicado da CME divulgado no dia 8 de março, a empresa iniciou junto com a BM & FBovespa discussões sobre a operação com a Bolsa do México e “outras oportunidades comerciais”, nos termos do acordo de Parceria Estratégica Preferencial Global, firmado entre a bolsa brasileira e a instituição americana em fevereiro.

Kawall frisou que “há decisão estratégica da BM & FBovespa de não fazer aquisições na América Latina “. Indagado se a parceira CME faria as aquisições, Kawall disse que não pode responder pela outra empresa.