Após alta de quase 25% neste ano, o fluxo líquido de capitais privados para o Brasil deverá cair em 2011, previu ontem o Instituto Financeiro Internacional (IIF), que reúne mais de 380 dos maiores bancos do mundo. O movimento contraria a tendência geral dos mercados emergentes, que deverão ver o fluxo aumentar no ano que vem. De acordo com relatório da entidade, a expectativa de entrada de capitais privados no Brasil em 2010 chega a US$ 96 bilhões, depois dos US$ 77 bilhões estimados em 2009. Já para 2011, a projeção é de um total de US$ 87,6 bilhões, queda de cerca de 9% em relação ao que se espera para o ano atual. A América Latina em geral segue o movimento do Brasil. Em 2010, a expectativa é que US$ 190,4 bilhões em capitais privados entrem na região, contra US$ 156,6 bilhões estimados para o ano anterior. Já em 2011 a projeção fica em US$ 183,3 bilhões.
A tendência, porém, muda ao se contabilizar também emergentes da Ásia, da Europa, da África e do Oriente médio. O IIF prevê para 2010 uma entrada líquida de capitais privados em mercados emergentes da ordem de US$ 708,6 bilhões, contra US$ 530,8 bilhões estimados em 2009. Para 2011, a projeção sobe para US$ 746,4 bilhões.

