Apple ultrapassa Microsoft e se torna a maior empresa de tecnologia

O valor de mercado da Apple ultrapassou o da Microsoft nesta quarta (26/05). No fechamento do mercado de ações norte-americano, a empresa – fabricante de Macs, iPhones e, mais recentemente, iPads – chegou a US$ 222,07 bilhões, enquanto o valor do negócio da Microsoft fechou em US$ 219,18 bilhões. Durante o pregão, a Apple chegou aos US$ 227,1 bilhões. Com US$ 278,64 bilhões, a Exxon Mobil continua à frente das duas empresas de tecnologia como a única companhia americana com valor maior de mercado.

Segundo o “New York Times”, essa foi uma das maiores mudanças já registradas, pelo fato de a Apple ter sido praticamente dada como “morta” há cerca de uma década. O rápido crescimento da empresa, explica a publicação, também mostra uma mudança cultural: o gosto dos consumidores se sobrepôs às necessidades dos negócios como a principal força de liderança no mercado de tecnologia.

A Microsoft, responsável pela plataforma Windows e o pacote Office, dominou a relação que a maioria dos usuários tinha com seus computadores por quase duas décadas. Mas, como lembra o “NYT”, o teclado das máquinas deu lugar a telas sensíveis ao toque dos telefones celulares inteligentes. “É a maior reviravolta que eu já vi no Vale do Silício”, disse ao jornal Jim Breyer, um investidor que já colocou seu dinheiro em algumas das empresas de tecnologia de maior sucesso.

As ações da Apple valem hoje dez vezes mais do que há dez anos, um resultado da revolução do consumo de eletrônicos provocada pela empresa, que passou a vender produtos com estilo diferenciado, de fácil manuseio, como o iPod, iPhone e MacBooks.

Independente de como o mercado fechar nesta quarta, o blog “TechCrunch” afirma que a capitalização de mercado da Apple deve ganhar destaque nas próximas semanas. Na segunda-feira, dia 7 de junho, Steve Jobs deve subir ao palco do evento WWDC para apresentar um novo iPhone, como sugerem os rumores (baseados em fatos reais, já que a rede Walmart reduziu nos Estados Unidos o preço do iPhone 3GS de 16 GB pela metade, indicando a chegada de um novo modelo). Além disso, o iPad começará a ser vendido em outros países em breve – o lançamento na Europa está marcado para sexta (28/05).

Como resistir à tentação das vitrines em um passeio no shopping?

Shopping é um centro de consumo, mas se tornou opção de lazer para muitos brasileiros, principalmente para os que vivem em grandes cidades. Nesses verdadeiros paraísos do consumo, um simples passeio com a família pode acabar em compras, muitas vezes, desnecessárias. Como garantir o lazer e resistir à tentação das vitrines? A palavra-chave é autocontrole.

“Se a ideia não é comprar, existem outras alternativas de lazer”, aconselha o especialista em educação financeira Álvaro Modernell. “O melhor é evitar lugares onde a tentação é maior”. Mas, se não houver jeito, existem maneiras de evitar chegar em casa com sacolas cheias, bolso vazio e contas a pagar.

Para o especialista em finanças e diretor da Human Value, Mario Kuniy, psicologia e consumo caminham juntos e o primeiro elemento tem fator determinante no segundo.”O consumo envolve questões emocionais”, avalia. “Mas, se a pessoa não faz uma reflexão se ela pode ou não gastar, perde o controle”.

Criar mecanismos internos de autocontrole, tentar organizar os gastos no final do mês e tentar agir de maneira racional são os principais fatores que os consumidores devem considerar quando estão diante da tentadora vitrine. Pode parecer a parte mais simples, mas o autocontrole é a fase mais difícil para os mais impulsivos. “Quando as pessoas estão em um período de estresse, elas acreditam que, indo ao shopping e comprando, vão compensar o desgaste”, explica Kuniy. Aí é quando a velha frase “eu mereço” entra em ação.

São tantos problemas ao longo do dia que aquela visita ao shopping para comprar uma bolsa ou um celular é como se fosse um alívio. “A pessoa pensa que não é um problema, mas ela pode perder o controle”, avalia o especialista.

Quer relaxar depois de um dia difícil? Definitivamente não vá ao shopping. “Se a pessoa for e não puder gastar, ela tem de ter consciência de que é um passeio apenas”, afirma Modernell. Ele explica uma tática para os mais descontrolados.

Se a tentação for forte, entre na loja, experimente a roupa, mas diga obrigada a vendedora, saia e vá dar uma volta. “Nesse momento, ele deve pensar se realmente o que viu é necessário, útil”, avalia Modernell. Para Kuniy, questionar a necessidade do produto é ponto fundamental. “Será que eu preciso mesmo disso? É preciso fazer essa pergunta”, diz. Mas, se você for muito compulsivo, evite a loja e o shopping.

Consultar o bolso também define a compra. Ele também merece sossego de vez em quando.”Tem gente que está com o cartão de crédito estourado, no cheque especial e ainda quer comprar”, afirma Kuniy. Nesses casos, não existe orçamento que possa sustentar um passeio no shopping. Mesmo aqueles que não têm uma moeda no bolso podem cair na armadilha dos centros de consumo. E o cartão de crédito entra na história. “É fácil passar o cartão, porque a pessoa não sente o dinheiro sair do bolso”, diz o especialista.

Com a moeda de plástico, o simples impulso pode se transformar em uma bola de dívidas. “Hoje, nós medimos nossos gastos pelo salário que ganhamos e esquecemos dos juros”, lembra Kuniy. “Para comprar é preciso ter dinheiro, se você tem dinheiro para pagar aquela compra à vista, então, ótimo”, avalia Modernell. Para ele, o consumidor utiliza de forma errônea o cartão. “O cartão é um instrumento para facilitar as compras, conseguir vantagens com as operadoras em bônus, e não para ser utilizado para financiamentos de compras”, ressalta. Com o cartão, o consumidor sente que tem um poder de compra maior. Maior até que a sua renda real. Aí é que começam as dívidas.

A situação pode piorar se o passeio no shopping for realizado em família. Crianças e centros de consumo não geram boas consequências para o bolso dos pais, na maioria das vezes. “Se a família for passear no shopping, os pais devem conversar antes com as crianças”, alerta Modernell.

Shopping Total sorteia cinco viagens a Buenos Aires na Campanha Enfin Solos

Enfin Solos foi o mote romântico que o Shopping Total, em Porto Alegre, criou para a sua Campanha Promocional de Dia dos Namorados. A ação, que acontecerá entre os dias 27/05 a 12/06 se encerrará com o sorteio de cinco viagens para Buenos Aires. Um dos grandes atrativos da Campanha do TOTAL, além das cinco viagens, é o valor do ticket de compras para receber um cupom promocional: a cada R$ 50 o cliente ganha um cupom. Caso o pagamento seja efetuado com Visa, ele receberá três. O sorteio dos prêmios ocorrerá no Palco de Eventos (Pavimento Cristóvão Colombo ao lado da escada rolante), no dia 12/06, às 22h00.

Segundo a gerente de Marketing, Karine Diniz, neste ano, o empreendimento deverá registrar vendas superiores às registradas em 2009. “Estamos prevendo um inverno mais rigoroso para os próximos meses em comparação com o ano passado. Como nos anos anteriores os itens de vestuário foram destaque na lista de presentes dos namorados, esperamos um incremento de até 12,5% no aumento do nosso fluxo de público”, completou a gerente.

O Shopping Total optou pelas viagens a Buenos Aires justamente pelo clima romântico que a cidade proporciona, além da sua proximidade para os casais gaúchos. O empreendimento contou ainda com o apoio da Loja da CVC Turismo do Total, que confirmou que a capital da Argentina está entre os roteiros mais procurados na agência.

São Paulo ocupa 117ª posição em ranking de qualidade de vida

A cidade de São Paulo ocupa a 117ª posição em um ranking de qualidade de vida divulgado nesta quarta-feira (26/05) pela consultoria internacional em recursos humanos Mercer.

Todos os anos, a empresa divulga a lista, que em 2010 inclui 221 cidades ao redor do mundo. O ranking leva em conta aspectos como política, sociedade, economia, saúde, saneamento, escolas, serviços públicos, transporte e moradia. Nesta relação, para o qual os dados foram coletados entre setembro e novembro de 2009, Viena, capital da Áustria, continua no topo da lista e Bagdá, capital do Iraque, é a última colocada. São Paulo aparece atrás das outras duas cidades brasileiras incluídas no ranking, Rio de Janeiro (116º) e Brasília (104º).

Como foram incluídas várias cidades este ano, não é possível fazer uma comparação com o posicionamento das cidades no ano passado. Qualidade de vida Seguindo o padrão dos anos anteriores, as cidades europeias continuam dominando o topo do ranking. Depois de Viena, Zurique e Genebra, ambas na Suíça, ocupam a segunda e a terceira posições, nesta ordem. “Os padrões de qualidade de vida permaneceram relativamente estáveis em um nível global em 2009 e na primeira metade de 2010, mas em certas regiões e países a recessão econômica teve um impacto notável no clima dos negócios”, afirmou Parakatil.

Segundo o pesquisador, enquanto que a qualidade de vida permaneceu estável nas cidades americanas, houve um declínio nas Américas Central e do Sul “devido à instabilidade política, aos problemas econômicos e à falta de energia em certos países”. “Altos índices de criminalidade também continuam sendo um dos maiores problemas em muitas cidades da região”, acrescentou.

O local das Américas Central e do Sul com a melhor colocação no ranking de qualidade de vida é Pointe-à-Pitre, em Guadalupe, no 62º lugar, seguido de San Juan, em Porto Rico (72º), e a capital argentina, Buenos Aires (78º). Guadalupe, no Caribe, é um território ultramarino da França – ou seja, faz parte da União Europeia. Pointe-à-Pitre é considerada a capital econômica do arquipélago.

Esta é a primeira vez que a Mercer divulga também uma segunda lista, das “ecocidades”, e a performance de São Paulo neste ranking é ainda pior, ficando no 148º lugar, enquanto Rio de Janeiro e Brasília ficaram respectivamente em 112º e 109º colocados. A cidade no topo da lista dos locais mais ecológicos é Calgary, no Canadá, enquanto que Porto Príncipe, no Haiti, ficou em último. Várias outras cidades latino-americanas estão à frente das brasileiras nesta lista, como Montevidéu, no Uruguai (70º lugar), Buenos Aires (83º), e Assunção, no Paraguai (90º).

De acordo com um dos responsáveis pela pesquisa, Slagin Parakatil, “o status ecológico de uma cidade ou sua atitude em relação à sustentabilidade podem ter um impacto significativo na qualidade de vida de seus habitantes”.

Dia dos Namorados do Central Plaza Shopping

Às vésperas da Copa do Mundo, o Central Plaza Shopping, de São Paulo, entra no clima e convida os namorados para torcer com paixão e marcar aquele golaço ao surpreender seu par com um belo presente e, de quebra, ainda oferecer mais um lindo relógio personalizado que não vai deixar o seu amor perder a hora de te ver, de te ligar, te mandar um email e, até mesmo, te avisar para não perder o seu jogo favorito.

Para adquirir o relógio que estará disponível em três estampas alusivas à Copa do Mundo, basta apresentar durante o período da promoção, cupons e/ou notas fiscais no valor de R$ 200 em compras efetuadas nas lojas do Central Plaza Shopping. Clientes associados ao Programa de Fidelidade Central Card ganham o relógio apresentando R$ 150 em notas de compras efetuadas. A troca dos cupons e/ou notas fiscais será realizada no estande da promoção localizado no Corredor Principal, de segunda a sábado, das 10h00 às 22h00 e domingos e feriados, das 14h00 às 20h00. A campanha é valida de 29/05 a 12/06 ou até o término do estoque.

A exemplo da campanha de mães, o diferencial da promoção vai ser o balcão de trocas, que foi projetado e adaptado para atender aos portadores de necessidades especiais, além de filas exclusivas para idosos e gestantes.

De acordo com o superintendente do Central Plaza Shopping, Fábio de Sousa Médici, em time que está ganhando não se mexe. “A filosofia do empreendimento é sempre apostar em idéias inovadoras que possam atender às necessidades dos nossos clientes. E, devido aos inúmeros elogios que recebemos durante a campanha de mães, vamos continuar apostando em promoções diferenciadas e acessíveis, aliadas a ações de responsabilidade social como os balcões adaptados, atendendo de forma digna e sem estresse todos os nossos consumidores”, ressalta o superintendente.

E se você ainda não sabe o que comprar nesta data, faça um tour virtual pelo Guia de Ofertas de Namorados pelo site: www.centralplazashopping.com.br e encontre o presente certo para o seu amor.

Aumento dos juros não vai afastar o consumidor do crédito

O Banco Central divulgou sua pesquisa mensal de crédito, que apontou um ligeiro aumento nas taxas de juros no mês passado e no começo de maio também. Esse aumento se deve ao fato de que os bancos estão captando dinheiro a um custo maior e repassando isso para o consumidor. Por outro lado, a inadimplência segue em queda, um fator que ajuda a reduzir os juros, segundo o repórter Eduardo Cucolo.

“O BC diz que essa queda deve evitar que os juros bancários tenham uma alta significativa neste ano. É importante lembrar que o BC já começou a aumentar a taxa básica de juros para segurar a inflação”, ressalta o jornalista.

Vagas de trabalho e estágio no Natal Shopping

O Natal Shopping (RN) está com oportunidade de trabalho e estágio. Interessados devem encaminhar currículo profissional para o setor de Recursos Humanos do shopping. “É importante que o candidato à vaga tenha vocação para crescer. Para a contratação, além dos requisitos solicitados a cada função, nós também analisamos se o perfil do candidato está de acordo com os valores da empresa”, revela Tatiana Costa, coordenadora de RH.

Abaixo, segue descritivo das vagas. Mais informações: (84) 3209-8199.

OPORTUNIDADE DE TRABALHO! O Natal Shopping seleciona Coordenador de Operações.
O profissional dará suporte direto ao Gerente de Operações do shopping, em atividades de gestão da área operacional, controle administrativo e de custos. Cabe também ao Coordenador de Operações: acompanhar e executar obras, reformas e novos projetos no shopping.

Requisitos necessários aos interessados na vaga do Natal Shopping: Idioma Inglês e Ensino Superior Completo em Engenharia Civil, Elétrica ou Mecânica. Desejável ao Coordenador de Operações: Habilidade interpessoal, Liderança, Gestão de equipes, Foco em resultados e Habilidade com números.

Candidatos devem enviar currículo profissional até 01/06 para os e-mails: steffano.antunes@natalshopping.com.br ou tatiana.costa@natalshopping.com.br.

OPORTUNIDADE DE ESTÁGIO! Há vagas para estágio no setor de Pesquisa e Auditoria do Natal Shopping. O estágio está direcionado para estudantes de 17 aos 22 anos.
Estudantes do Ensino Médio ou dos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Ciências Atuariais ou Economia podem concorrer às vagas de estágio, que terá 30 horas semanais.
Estudantes interessados em estagiar no setor de Pesquisa e Auditoria do Natal Shopping devem enviar currículo para: renata.maia@natalshopping.com.br.

FGV: chance de emprego aumenta com curso profissionalizante

Uma pesquisa realizada pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV) e pelo Instituto Votorantim, divulgada nesta quarta-feira (26/05), em São Paulo, constatou que a chance de quem fez o ensino profissionalizante conseguir um emprego é maior do que a de quem estudou até o ensino médio. De acordo com o estudo Educação Profissional e Você no Mercado de Trabalho, ela chega a 48,2%.

“O que a gente mostra com esse estudo é que os retornos da educação profissional são ainda mais altos. Mesmo quando se considera o avanço que as pessoas têm com mais escolaridade formal, a educação profissional ainda dá um plus, ou seja, é um prêmio que a educação gera em termos de salário, ocupação e formalidade”, disse à Agência Brasil o economista Marcelo Neri, coordenador da pesquisa.

O trabalho também constatou que os salários daqueles que têm um curso profissionalizante são até 12,94% mais altos. O setor que mais emprega pessoas com curso profissionalizante é o automobilístico (45,71% ), seguido pelo de finanças (38,17%) e de petróleo e gás (37,34%).

De acordo com o estudo, 29 milhões de pessoas frequentam hoje cursos de educação profissional, o que representa 19,72% da população com mais de dez anos de idade do Brasil. Desse total, 16,07% (23,5 milhões de pessoas) frequentaram cursos de qualificação profissional, 3,54% (5,1 milhões de pessoas) fizeram ensino médio técnico e 0,11% (160 mil pessoas) tiveram formação tecnológica.

Relação entre crédito e PIB cresce para 45,2%

O volume de recursos de crédito avançou 17,6% nos últimos 12 meses encerrados em abril, para R$ 1,468 trilhão. Os dados são do relatório de Operações de Crédito no Sistema Financeiro divulgado pelo Banco Central (BC) ontem, em Brasília. E mesmo com a aceleração da economia no primeiro trimestre, a relação entre crédito e PIB voltou a subir, e passou de 45%, relação que se mantinha desde o final de 2009, para 45,2% em abril.

“Esse aumento é positivo, esperamos um crescimento entre 20% e 25% em 2010 com o bom ritmo da economia”, estimou o vice-presidente da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira. “Os bancos se sentem motivados a emprestar e as empresas continuam a buscar dinheiro para aproveitar o cenário positivo do mercado interno”, avaliou.

A concessão de crédito a pessoas jurídicas avançou menos que o segmento para pessoa física. “Isso já era previsto, o crescimento da massa salarial em pleno emprego colabora para que pessoas físicas tenham mais acesso a crédito”, explicou Oliveira, da Anefac. O estudo apontou de que o financiamento para pessoas jurídicas vindo de recursos livres (de bancos e instituições financeiras) atingiu R$ 488,6 bilhões, com alta mensal de 0,6%, e de 5,8% anualizada. Desse montante, 89,54% (R$ 437,5 bilhões) vieram de recursos domésticos, e cerca de 10,46% (R$ 51 bilhões), de recursos externos.

Questionado sobre a renovação das linhas externas no segundo semestre do ano, o vice-presidente da Anefac foi cauteloso. “Há movimentos do Banco Central Europeu de resolver os problemas de confiança do sistema bancário (…) Há uma desconfiança em relação aos bancos europeus, pois há riscos, mas os riscos já são menores”, ponderou. “As autoridades europeias já estão tomando decisões positivas, e os Estados Unidos e a China já estão atentos para a crise não se espalhe para os demais continentes”, avaliou Oliveira.

O economista Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios, tem opinião semelhante: “A crise europeia não deve afetar a liquidez no mercado brasileiro”. “O volume de crédito deve continuar avançando, impulsionado pelo aumento do consumo e pela queda da inadimplência”, avaliou Alcides Leite.

Entre as modalidades destinadas a pessoas jurídicas, os empréstimos de capital de giro, saldo de R$ 226,3 bilhões, registraram crescimento mensal de 1,1%, acumulando expansão de 24,9% em 12 meses. Em sentido inverso, os adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACC), cujo saldo situou-se em R$ 29 bilhões, registraram quedas de 1,5% no mês e de 34,7% em 12 meses. O saldo de crédito direcionado para empresas fechou abril em R$ 307 bilhões, de um total geral de R$ 795,7 bilhões, o que representa 54,2% de todo o volume concedido a empresas .

De acordo com o relatório do BC, a concessão de crédito por bancos públicos cresceu 29,5% nesse período, acima dos 14,9% dos bancos privados nacionais. “Vai-se observar uma ação mais forte dos bancos privados nacionais e estrangeiros, o que deve dinamizar o crédito livre”, previu o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, ao comentar um possível reação dos bancos privados nacionais na concessão de empréstimos.

Segundo o estudo, os empréstimos direcionados somaram R$ 487 bilhões, registrando um avanço de 31,6% em doze meses, e de 1,6% em abril. Entre os empréstimos direcionados, as operações efetuadas pelo BNDES somaram R$ 295,6 bilhões, com alta de 1,3% em relação a março, e a carteira de crédito habitacional cresceu 3,3% em abril para R$ 104,1 bilhões. A maior parte desta carteira é composta por crédito concedido pela Caixa Econômica Federal com recursos da poupança e do FGTS. “Os prazos devem continuar a aumentar. Hoje os bancos já atuam com crédito habitacional para 30 anos. Antes isso não acontecia”, afirmou Oliveira.

O único ponto que o vice-presidente da Anefac considerou negativo no período foi a elevação dos juros.