Shopping D realiza ação de conscientização ambiental

O Shopping D, em São Paulo, realizará neste sábado (05/06) uma ação de conscientização ambiental no Dia Mundial do Meio Ambiente. O empreendimento distribuirá milhares de mudas de nome científico Cupressus lusitanica e nome popular Cedrinho para os clientes que visitarem o centro de compras durante a data.

“Nosso objetivo é conscientizar o público da importância do meio ambiente para vida de todos nós”, diz Elizabeth G. Coutinho, gerente de marketing do Shopping D.

Servidores da Câmara terão aumento de até 40%

De forma discreta, sem alarde, tramitou pelo Congresso o projeto que cria o novo plano de carreira dos servidores da Câmara. O projeto encontra-se agora no Palácio do Planalto para sanção presidencial. Enquanto o presidente recebe recomendação da equipe econômica para vetar o aumento de 7,7% para os aposentados, o novo plano de carreira dos servidores da Câmara concede um reajuste, em média, de 15%, mas que, em alguns casos, chega a até 40%. Somados os vários aditivos possíveis, haverá servidores que chegarão ao teto constitucional de R$ 27.725 para os salários.

Hoje, o menor salário da Casa é de R$ 3,4 mil, para quem tem nível médio, caso a pessoa não possua função comissionada ou vantagens pessoais incorporadas. O menor salário para quem tem curso superior é R$ 9,8 mil. Se o plano for sancionado, quem tem curso superior ganhará de R$ 12 mil a R$ 17 mil. Mas, com funções comissionadas e adicionais a maior remuneração chegará ao teto do funcionalismo, R$ 27.725, considerando-se a maior função comissionada e o adicional de especialização, que só agora, 20 anos depois de previsto, passará a ser pago aos servidores.

Idealizado pela própria Mesa da Câmara, o plano, com impacto orçamentário de R$ 505 milhões previsto para 2011, quer igualar os salários dos servidores da Câmara com os rendimentos dos trabalhadores do Executivo e do Judiciário, que tiveram reajustes generosos a partir de 2008. Os aumentos propostos pelo novo plano de carreira da Câmara são feitos basicamente com a criação de um fator multiplicador da Gratificação de Atividade Legislativa (GAL). O vencimento básico é o mesmo. O que aumenta é a gratificação, principalmente se o funcionário ocupar uma função comissionada (FC). Hoje, 76% dos 3,4 mil servidores da Casa possuem alguma FC.

Uma das medidas propostas pelo projeto de lei deixou dúvidas em três juristas e um consultor ouvidos pelo Congresso em Foco. Eles temem que o art. 4º permita que, futuramente, a Câmara aumente a GAL dos servidores por ato da Mesa sem a necessidade de lei. Diz o artigo:

Art. 4º A Mesa da Câmara dos Deputados fica autorizada a reestruturar e alterar a tabela de fatores da Gratificação de Atividade Legislativa.

A administração da Casa garante que não fará isso, por ser inconstitucional. Diz que vai se limitar a fazer eventuais reduções na GAL e remanejamentos de despesas, sem aumento de gastos. Mas os juristas e o consultor não pensam assim.

“Se o Legislativo confere à Mesa da Câmara um cheque em branco para atuar como queira, ele está abrindo mão da sua competência legislativa”, diz o professor de direito administrativo Pedro Serrano, mestre em Direito do Estado. “É profundamente antirepublicano e inconstitucional procurar se atribuir a uma autoridade administrativa [a Mesa] aumentar salários ou vencimentos quando queira.”

Para Serrano, há problemas mesmo que haja apenas reduções de gratificações de determinados grupos de servidores e aumento para outros. “Com isso, pode haver persecução aos servidores que não queiram atender aos interesses da autoridade administrativa e benefícios para os que queiram atender”, reflete.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, também estranhou o texto. “Essa possibilidade de conceder aumentos depende de questões orçamentárias. É por isso que o legislador remete isso à própria lei. Senão, o governador poderia fazer, a Assembleia Legislativa poderia fazer”, disse. “Não pode ser por vontade individual, da Mesa, da Presidência da República ou do Tribunal de Justiça.”

Shoppings vencem na “disputa” dos cinemas

Já parou para pensar como estão distribuídas as 67.392 poltronas de cinema de São Paulo? Quem prefere assistir aos últimos lançamentos em uma das salas disponíveis nos shoppings centers certamente tem mais opções. Um estudo do geógrafo Eduardo Baider, da Universidade de São Paulo (USP), constatou que 85% das poltronas da cidade estão localizadas nos cinemas Multiplex, enquanto os cinemas de arte reúnem 11% dos assentos.

“A concentração dos cinemas nos shoppings decorre da interiorização do lazer e da privatização da vida social, baseada no discurso de que as ruas são perigosas”, explica o geógrafo. Os cinemas de bairro são ainda mais raros: são 590 poltronas, 1% do total. Cineclubes e salas especiais de exibição completam a lista, com 3% das poltronas. As salas eróticas não foram consideradas no estudo.

Dos cinemas Multiplex, apenas o Bristol, o Kinoplex Itaim e o Marabá estão fora de shoppings centers. A rede Cinemark, que em 2009 recebeu cerca de 32 milhões de espectadores em todo o País, administra mais de 50% das poltronas disponíveis em São Paulo. São 137 salas em 16 complexos localizados nos shoppings. O crescimento das redes de cinemas Multiplex, segundo Baider, acompanha a multiplicação de shoppings e sua expansão por todas as regiões da cidade.

“Os grandes cinemas de rua que se concentravam na região da Avenida São João e que tiveram o seu auge na década de 50, entraram em decadência com a popularização do automóvel e da televisão”, afirma o geógrafo. “Esse declínio, que ocorreu a partir da década de 1960 e cujo auge foi na década de 1970, coincide com início da concentração de cinemas em espaços fechados, com grande capacidade de absorção dos automóveis.”

Além de mapear os espaços de exibição, Baider relacionou o perfil dos frequentadores com o local do cinema, a partir de 150 entrevistas in loco. “O frequentador de shopping, de maneira geral, vê o cinema como lazer”, avalia. “Se preocupa menos com o que vai assistir e se apropria de forma superficial e efêmera do produto cinematográfico.”

O engenheiro Sergio Mendes Monteiro, de 59 anos, só vai ao cinema com a família em shoppings, principalmente no Villa-Lobos. “É uma questão de comodidade, fica a cinco minutos de casa, então é mais fácil”, justifica. As opções de filme no shopping, segundo ele, também têm mais a ver com o seu gosto do que a programação dos cinemas de rua. “Se for para ver um filme muito intelectual, para me encanar, prefiro ficar em casa.”

A bancária Vanessa Rodrigues, de 30 anos, também só frequenta cinema em ambientes fechados. “Nunca fui nesses cinemas de arte. Não tenho interesse e o shopping fica perto de casa. O ingresso é um pouco caro, mas vale a pena”, diz.

Já os frequentadores dos cinemas de arte, segundo Baider, apropriam-se de forma mais densa do filme. “Isso induz a uma apropriação mais sólida do próprio espaço de exibição.”

A artista plástica Clara Ianni, de 22 anos, é frequentadora assídua desses cinemas de arte. “Detesto cinema de shopping. Quando vou a um cinema de rua, o programa é ir ao cinema, sem outras interferências”, observa.

Desemprego volta a bater recorde na zona euro

O índice de desemprego na Eurozona registrou uma leve alta em abril, a 10,1% da população ativa contra 10% em março, o que representa uma novo recorde desde a criação deste espaço monetário de 16 países criado em 1999, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira. A taxa de desemprego da zona euro permanecia estável em 10% desde fevereiro, o que já constituía um recorde desde a criação da moeda única. Em abril, a região tinha 15,86 milhões de pessoas à procura de emprego.

Na União Europeia (UE, integrada por 27 países, incluindo os 16 da zona euro), o desemprego permaneceu em 9,7%, mesmo índice registrado em março. Em abril, a UE tinha 23,311 milhões pessoas em busca de trabalho.

Terceirização de limpeza projeta alta de até 25%

Otimistas com a expansão da terceirização entre indústria, varejo, mercado imobiliário e hoteleiro, as empresas de serviços de limpeza e manutenção Brasanitas, Vikings Sistemas de Limpeza, Empresa Paulista de Serviços e Top Clean esperam crescer até 25% este ano, com a conquista de novas contas e com a ampliação dos contratos com os clientes atuais. Por conta do bom momento, elas estão investindo em equipamentos, certificações e novas filiais. Essas empresas devem crescer mais que o setor, que este ano prevê alta de 8,5% e movimentação de R$ 10 bilhões. Em 2009, o setor cresceu 6%.

De olho no crescimento do mercado imobiliário, a Vikings Sistemas de Limpeza espera crescer 25% este ano e para isso aposta na expansão do atendimento a condomínios e no fortalecimento da marca na Região Sudeste, onde foi criada há 14 anos. A empresa projeta um faturamento de R$ 40 milhões em 2010, com participação de 70% dos clientes localizados na Grande São Paulo, 15% do interior do estado e 15% do Rio de Janeiro. “Este ano fechamos contrato com ADM e Cargill, mas a maior parte do nosso crescimento vem do aumento do investimento dos próprios clientes”, afirma Alexandre Falbe-Hansen, diretor da empresa.

Outra que estima crescer na marca dos 20% é a Brasanitas, que em 2009 faturou R$ 300 milhões. A empresa confia na expansão do atendimento a clientes como a rede Multiplan, de shoppings, Vale, Gerdau e Natura e na entrada em novos mercados, como o das Regiões Centro-Oeste e Nordeste. “Até o final do ano, vamos inaugurar uma unidade de negócios no centro-oeste, onde já temos referências para prospectar novos clientes. E no ano que vem, abriremos uma unidade no nordeste porque queremos iniciar negócios em Pernambuco e Bahia”, detalhou Marcelo Trovati, diretor comercial do grupo Brasanitas.

A empresa presta serviços em 4,2 mil pontos de atendimento no País. Grande parte do seu faturamento, porém, vem do atendimento a empresas localizadas na Grande São Paulo, seguida pela região de Campinas, por conta do crescimento das empresas de tecnologia instaladas na região. “Nosso crescimento tem sido progressivo, está na marca de dois dígitos anualmente porque o mercado sinaliza crescimento da terceirização. Cada vez mais as empresas irão focar em sua atividade principal, terceirizando as atividades que não são do seu escopo”, ressalta o diretor.

O grupo é dividido nas áreas de serviços especializados, hospitalar, controle de pragas e facilities, que possuem certificações de qualidade próprias e são vistas como diferenciais entre clientes de indústria, hospitais, shopping centers e instituições de ensino, entre outras. “O grupo Mutiplan, que atendemos em sete shoppings, é um cliente muito exigente. A limpeza é um diferencial para eles”, diz.

O empresário afirma que, por conta do aquecimento da economia, já chegou a ter problemas para contratar mão de obra, que, assim como na indústria, é intensiva, mas tem um piso salarial inferior. “Se fechamos contrato com um grande contingente, em uma região industrializada, como a do ABC, por exemplo, é difícil contratar”, explica o empresário. “Como alternativa, temos trabalhado com os sindicatos, alinhando os salários acima da inflação. Para 2010, houve um aumento de 10%. Isso ajuda a equiparar salários com outros segmentos que têm mão de obra intensiva”, afirma o executivo.

A aposta em segmentos em que a terceirização é pouco explorada é a estratégia da Top Clean, que vê boas perspectivas de crescimento da demanda por limpeza no segmento hoteleiro. “Estamos investindo muito no setor de hotelaria porque ainda é pouco terceirizado”, afirma Ernesto Brezzi, diretor comercial Top Clean.

A empresa também está investindo em certificações e na mecanização de processos para ampliar seu atendimento a empresas e universidades, e espera atingir crescimento de 10% este ano, contra 6% no ano passado. “O mercado está aquecido, já crescemos 5% este ano”.

Bolsa é o pior investimento do mês; dólar ganha mais que o ouro

Em meio ao clima incerto dos mercados e a contínua volatilidade vista nas últimas semanas, o dólar acompanhado pela variação da Ptax ficou com o posto de melhor investimento do mês de maio, com ganhos nominais de 4,34%. Vale mencionar que o dólar comercial encerrou o mês com alta de 4,8%, pondo fim a três meses consecutivos de baixa.

O investimento em ouro, por sua vez, ficou com a vice-liderança no mês, com rentabilidade nominal de 3,15% no mês. Vista como uma alternativa de proteção de capital, a commodity se beneficiou do forte sentimento de aversão ao risco que tomou conta dos mercados no período – resultado, principalmente, do noticiário internacional.

Considerando os ganhos nominais – ou seja, descontando o Índice Geral de Preços – Mercados (IGP-M), que marcou 1,19% no mês – dólar e ouro foram as únicas no campo positivo, com variação de 3,11% e 1,94%, respectivamente. Já o Ibovespa viu as perdas se intensificarem em maio, refletindo o momento instável da renda variável. O índice teve seu pior mês desde outubro de 2008, auge da crise financeira, registrando retorno nominal de -6,64% – angariando novamente o posto de pior investimento do mês, assim como em abril. A queda, contudo, foi um pouco menor do que a vista nos principais índices dos EUA, que encerraram o período com desvalorização de mais de 8%.

Nas alternativas de renda fixa, a aplicação em CDBs pré-fixados de 30 dias garantiu retorno nominal médio de 0,79% em maio, pouco acima do benchmark CDI (+0,75%). A caderneta de poupança, por sua vez, apresentou retorno nominal de 0,55% no mês.

O cenário europeu continuou sendo o principal foco dos mercados, e também o maior gerador de instabilidade. Em meio à aprovação de pacotes de austeridade fiscal em países como Itália, Grã Bretanha, Grécia e Espanha, os temores de contágio de outras economias e do sistema bancário aumentaram. O corte do rating espanhol promovido pela Fitch não ajudou a melhorar as perspectivas para a região, assim como a proibição alemã ao naked short selling.

Nos EUA, a segunda prévia do PIB do país referente ao primeiro trimestre de 2010 revelou uma expansão anualizada de 3,0%, patamar inferior às expectativas do mercado, de 3,3%. Por lá repercutiu ainda a aprovação da reforma financeira pelo senado norte-americano.

Por aqui, o início do mês foi marcado ainda pela temporada de divulgação de resultados, que contou com os números das principais blue chips do País: Vale (VALE3, VALE5) e Petrobras (PETR3, PETR4). No caso da estatal, contudo, os números foram ofuscados pela ansiedade dos investidores sobre a capitalização da empresa, prevista para junho. Além disso, na China, a inflação registrou em abril sua maior alta dos últimos 18 meses, deflagrando maiores temores de um aperto monetário.

Liderando os ganhos do Ibovespa, as ações ordinárias da TIM (TCSL3) avançaram 14,92% em maio. O setor de telecomunicações brasileiro teve um mês agitado, com destaque para a tentativa da Telefónica em comprar a fatia da Portugal Telecom na Vivo (VIV04).

As recomendações para os ativos do setor também ficaram em foco. O BTG Pactual, por exemplo, recomendou a compra das ações das companhias de telecomunicação que atuam no País, citando o Plano Nacional de Banda Larga, pelo qual as operadoras de celular poderão ser bastante beneficiadas. Já Morgan Stanley e JP Morgan elevaram suas recomendações para a TIM para overweight (desempenho acima da média do mercado), enquanto o Citi elegeu a empresa como top pick. Por outro lado, os papéis ordinários da Brasil Ecodiesel (ECOD3) ficaram com o pior desempenho do índice no mês, com recuo de 27,83%.

Moda sustentável e animais na Semana do Meio Ambiente do Shopping Barra

Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, o Shopping Barra, em Salvador, abre espaço para duas exposições com temas distintos, mas unidas por chamarem atenção para a necessidade da preservação ambiental. Em parceria com o curso de Gestão de Moda da Unifacs, será evidenciada a relação entre moda e sustentabilidade, e tendo como parceiro o Zoológico de Salvador, o Barra irá expor fotos de animais da fauna brasileira preservados no zoo baiano. Ambas as atrações poderão ser vistas de terça (02/06) a sábado (05/06).

Na ala Norte do segundo piso, adultos e crianças vão conferir 18 imagens de animais integrantes do Zoológico de Salvador, entre aves, répteis e mamíferos. Todas as fotos vêm acompanhadas de curiosidades sobre os animais ―muitos deles ameaçados de extinção― e algumas fotos terão aplicação de texturas imitando sua pele ou penugem, como no caso da onça preta.

Já os aficionados em moda, vão encontrar no segundo piso, setor Sul, uma série de looks produzidos com materiais como saco plástico, pneu e lata. A ideia dos alunos do curso de Gestão em Moda da Unifacs é mostrar como esses produtos, normalmente descartados, podem ser aplicados na moda conceitual. Como os itens usados nas roupas são comumente encontrados no lixo marinho, a mostra também levanta a bandeira da preservação dos oceanos.

Mercado aéreo deve triplicar, mas país tem obstáculos, diz Ipea

O mercado doméstico de transporte aéreo de passageiros deve mais do que triplicar de tamanho nos próximos 20 anos. No entanto, esse crescimento vertiginoso exigirá soluções de uma série de obstáculos enfrentados pelo setor, como as deficiências na infraestrutura aeroportuária e a elevada carga tributária aplicada às companhias aéreas. O diagnóstico é traçado em estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que também inclui a busca por redução de custos e produtividade – ante um ambiente de tarifas cada vez mais baixas – entre os desafios aos próximos anos.

De acordo com o levantamento, o Brasil está entre os países emergentes com maior potencial de desenvolvimento do transporte aéreo devido à combinação de fatores como a dimensão continental do território, a alta mobilidade social da população e a tendência de estabilidade monetária no longo prazo, o que repercute em maior poder aquisitivo dos consumidores. A realização no país da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 também é apontada entre os fatores que vão puxar a movimentação em aeroportos brasileiros, mesmo nas cidades não envolvidas diretamente na organização desses eventos.

Essa boa perspectiva, contudo, colide com obstáculos e gargalos nos campos institucional, legal e operacional. Isso porque o crescimento de demanda não foi acompanhado por um adequado planejamento de longo prazo ao sistema de aviação civil, assim como por políticas públicas consistentes e um marco legal e regulador mais condizente com o novo ambiente competitivo. Fora isso, o setor ainda enfrenta “notórias deficiências” nas infraestruturas aeroportuária e aeronáutica. “Além do mais, não se tem uma definição clara de estratégias para a aviação brasileira nos próximos 30 anos”, assinala o documento.

Por outro lado, o estudo destaca que as companhias aéreas se fortaleceram nos últimos anos, apesar da ocorrência de um “apagão aéreo”. Nesse ponto, a compra da Varig pela Gol marcou uma evolução no sentido de resgatar a tradição da marca, diz o levantamento. A pesquisa também ressalta a melhora de competitividade a partir da entrada da Azul Linhas Aéreas e o crescimento da Webjet.

Não obstante, o chamado “custo Brasil” – com seus gargalos em infraestrutura e carga tributária pesada – ainda representa um fator de perda de competitividade para as empresas do setor, quando se faz uma comparação com a realidade de outros países.

Ônibus movido a gás natural renova as caóticas ruas do Cairo

Com uma chamativa cor vermelha, os 200 primeiros ônibus movidos a gás natural do Egito acabam de tomar as ruas do Cairo, uma megalópole de trânsito enfurecido na qual o transporte público se caracterizou sempre pela desordem. “Antes o ônibus não era confortável, mas agora conta com uma tecnologia moderna e é novo. Não peço mais nada”, explica à Agência Efe Mustafa Ali, um motorista com 26 anos de experiência ao volante no transportes público municipal do Cairo.

É meio-dia e Mustafa faz a rota com cerca de 20 passageiros a bordo. O “Mercedes” dele ainda conserva o brilho imaculado da estreia, embora seu interior esteja enfeitado com flores artificiais coloridas que se estendem pelo teto e enchem o painel de comando do carro. “Eu mesmo me encarreguei da decoração”, diz Mustafa orgulhoso enquanto percorre sua cabine com os olhos. E acrescenta: “gosto de cuidar do meu ônibus. O anterior ficou seis anos comigo e o deixei limpo”.

O veículo percorre devagar as ruas da capital egípcia, que concentra metade do parque automobilístico do país e na qual acontecem 20 milhões de deslocamentos diários com emissões de dióxido de carbono que chegam as 13 milhões de toneladas ao ano, segundo dados do Banco Mundial. Durante o trajeto, as portas permanecem abertas e os usuários vão subindo sem que o ônibus nunca chegue a parar.

Apesar do ímpeto renovador, os novos ônibus ainda conservam algumas das características de seus destrambelhados antecessores, como os vendedores que pululam entre os passageiros vendendo desde lenços até cola. Quando o projeto de reforma for concluído em 2012, 1,1 mil novos ônibus circularão pelo Cairo a fim de renovar uma frota envelhecida e reduzir o número de acidentes causados, entre outros motivos, pelo mal estado de conservação do transporte público.

O governador do Cairo, Abdelazim Wazir, também confia que com os ônibus deve diminuir o número de microônibus e vans privadas que, na sua opinião, “promovem a anarquia” e acabam ganhando a fama de serem “os diabos do asfalto”.

A passagem dos novos ônibus custa uma libra egípcia (US$ 0,17), embora o preço seja maior nos ônibus com ar condicionado, desenhados para incentivar o uso entre a “classe média”. Os clientes parecem satisfeitos com a novidade. Eleshaa, um jovem egípcio opina que eles “são mais cômodos, limpos e avançados que os velhos”. Em cartas publicadas na imprensa local, os usuários também elogiam a qualidades dos ônibus de “aspecto luxuoso e confortável” e não esquecem nenhum detalhe. “Até as escadas são mais acessíveis para os idosos”, escreve um leitor.