Comércio varejista discute no Rio dificuldades do setor

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O setor varejista, um dos maiores geradores de emprego no país, discute hoje (28) no 1º BrasilShop realizado no Rio de Janeiro, as dificuldades que o setor enfrenta atualmente e como se adequar às transformações que ocorrem no mundo e têm impacto direto no segmento.

O objetivo do encontro é estimular empresários, administradores e profissionais da indústria de shopping centers a sair do lugar-comum e programar ações inovadoras a partir de uma nova atitude frente aos negócios e buscar novas formas de relacionamento comm o consumidor. Além de mostrar os desafios, soluções, inovações como economia e varejo digital, estão sendo apresentadas medidas referentes ao mercado, ao comportamento de consumo, ao marketing e às tendências do varejo.

Para o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun, o setor deve superar as dificuldades atuais, porque movimenta 200 milhões de consumidores e passa por um momento de transição. "O setor sofreu com a Copa do Mundo [de 12 de junho a 13 de julho], e a grande maioria dos segmentos ficou comprometida porque houve menos dias de trabalho e o faturamento caiu."

Sahyoun destacou que, hoje, o poder aquisitivo da população também está comprometido. "As pessoas têm usado muito a compra a crédito e, por isso, existe também a situação de inadimplência." Além disso, disse ele, o PIB [Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país] está muito abaixo da expectativa e não deve chegar nem a 1%, "Então, eu diria que a economia agora está estagnada", acrescentou.

Nos últimos anos os shopping centers aceleraram o processo de crescimento e hoje existe muito espaço e pouco lojista para tanto espaço disponível. Cerca de 450 milhões de pessoas passam mensalmente pelos centros comerciais. Segundo Sahyoun, esses empreendimentos estão sendo inaugurados com 50% da sua capacidade. o que demonstra a necessidade de buscar alternativas para levar o empresário para dentro do shopping.

Vendas do varejo crescem 0,2% em setembro, diz IDV

O dirigente da Alshop ressaltou, no entanto, que, mesmo com essa dificuldade, as vendas do natal não estão comprometidas. A expectativa é que, a partir do natal, o setor retome o crescimento. Sahyoun estima que sejam injetados agora na economia mais de R$ 50 bilhões, com o pagamento do décimo terceiro salário. "O natal não está comprometido. Sempre, em épocas de crise, o setor sempre superou as dificuldades no natal", lembrou.

RESTOQUE INCORPORA AÇÕES DA DUDALINA E CRIA UMA DAS MAIORES VAREJISTAS DE MODA DO PAÍS

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A Restoque — detentora de marcas como Le Lis Blanc, Bo.Bô e Rosa Chá — emitiu fato relevante no dia 1º de outubro em que comunica a incorporação de 100% das ações da Dudalina. A operação, que tem por objetivo aumentar a escala das operações do grupo e reduzir o endividamento, vai resultar na criação da maior empresa do país no segmento de vestuário de alto padrão, de acordo com o comunicado.

Quando for concluída a operação, a Restoque se tornará titular de 100% das ações de emissão da Dudalina. Os atuais acionistas da Dudalina receberão ações da Restoque como pagamento e deterão, após a emissão, 50% do capital da Restoque. Os principais acionistas da Dudalina são fundos administrados por Warburg Pincus e Advent International.

O valor econômico da Dudalina se situa entre R$ 1,718 bilhão e R$ 1,833 bilhão. O valor global de emissão das ações da Restoque está estimado em R$ 1,749 bilhão. A relação de troca será de 13,193744522 ações ordinárias de emissão da Restoque para cada ação ordinária de emissão da Dudalina.

A incorporação também visa a melhorar custos por meio do uso da capacidade de produção das cinco plantas fabris da Dudalina (4,2 milhões de peças ao ano); acelerar o crescimento de vendas das marcas da Restoque no canal de atacado da Dudalina; apoiar o crescimento do canal de varejo da Dudalina, se beneficiando da estrutura e ferramentas de gestão de varejo da Restoque; e ter ganho de escala em despesas administrativas e de marketing.

Varejo vê recuperação em vendas e consolidação

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Após os resultados fracos do varejo de moda no período da Copa do Mundo da Fifa, representantes do setor esperam melhora em vendas neste fim de ano em relação ao desempenho do primeiro semestre. O Indicador Serasa Experian mostrou avanço de 0,9% no varejo de tecidos, vestuário, calçados e acessórios em setembro frente a agosto. No acumulado de nove meses, o setor cresceu 0,7%. As notícias recentes de fusões também trouxeram fôlego novo ao setor.

O Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) projeta para o ano um crescimento de 1,5% a 2% no varejo de moda, com uma pequena aceleração nas vendas neste quarto trimestre. A estimativa é menor que a previsão feita no início do ano, de 3,4%. Em 2013, o varejo de moda cresceu 8,7%, para R$ 172 bilhões. "Não é um crescimento expressivo, mas a Copa do Mundo derrubou muito as vendas", disse Marcelo Prado, diretor-sócio do IEMI. Ele ponderou ainda que a recuperação em vendas no fim do ano não será uma realidade para todas as redes varejistas.

Sidnei Abreu, diretor executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), disse que as varejistas de moda estão otimistas em relação ao segundo semestre. A entidade não faz projeção de vendas. "Depois da Copa e do primeiro turno das eleições, o varejo passou a ter um ritmo mais acelerado e a expectativa é de um avanço nas vendas com as promoções de fim de ano e Black Friday [dia promocional do varejo no fim de novembro]", disse Abreu.

Tanto a Abvtex quanto o IEMI consideram que o cenário atual de restrição ao crédito dificulta as vendas de produtos de alto valor agregado, como linha branca, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, mas não tem grande impacto nas vendas de roupas e acessórios, devido ao tíquete médio baixo por compra (da ordem de R$ 150). "Nos últimos anos, os brasileiros trocaram TV, carro, compraram casa. Neste ano, teremos a oportunidade de um Natal forte para roupas e acessórios", disse Abreu.

Para Marcelo Prado, do IEMI, as companhias que se capitalizaram e participaram de processos de fusões e aquisições tendem a apresentar melhores resultados nos próximos meses. Na lista estão a Restoque, dona da Le Lis Blanc, que anunciou este mês a incorporação da Dudalina; e a Renner, que embora não tenha feito aquisição recente, tem os melhores indicadores de desempenho do setor entre as companhias de capital aberto.

>Entre as varejistas de moda de capital aberto – Alpargatas, Grendene, Cia. Hering, Lojas Marisa, Guararapes (Riachuelo), Renner, Restoque (Le Lis Blanc), Teka e Karsten – só Renner e Restoque se valorizaram na BM&FBovespa no ano. Até o fechamento de ontem, as ações da Renner acumulavam alta de 24,21% e da Restoque, de 41,67%. Em relação ao pagamento de dividendos e juros sobre capital pagos no primeiro semestre, a Grendene ofereceu maior ganho aos acionistas, de R$ 164,5 milhões, seguido por Renner (R$ 160,8 milhões) e Guararapes (R$ 101,2 milhões).

A Restoque não distribuiu dividendos e juros sobre capital próprio no primeiro semestre, mas tende a se beneficiar no futuro com redução do endividamento líquido e melhora na rentabilidade com sinergias. O BTG Pactual calcula que o lucro por ação da empresa subirá de R$ 0,12 para R$ 0,43 este ano com a incorporação.

Para o diretor do IEMI, os ganhos no setor não ficarão restritos a essas empresas. "Existe uma consolidação em andamento. Vamos ver muito movimento neste sentido daqui para frente, principalmente de redes regionais que buscam se nacionalizar", disse.

Um exemplo é a Leader, controlada pelo BTG Pactual, que prepara uma emissão de R$ 500 milhões em debêntures para financiar a compra da Seller, de Campinas (SP). Outro caso recente é a negociação da rede Avenida, conhecida como a "C&A do Centro-Oeste". O grupo opera 113 lojas em 13 Estados e faturou R$ 520 milhões em 2013. A rede vendeu 25% de suas ações, em março, para o fundo Kinea, do Itaú, por R$ 250 milhões, e tem planos para abrir capital.

Especialistas debatem mercado em Fortaleza

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Fortaleza recebe, pela terceira vez, o principal evento voltado ao setor varejista de Shopping Center no Brasil: o congresso Brasilshop. O evento, organizado pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), acontece amanhã, durante todo o dia (das 9:30h às 18h), no Hotel Gran Marquise, com a previsão de reunir 300 empresários do segmento varejista local.

Realizado há 14 anos em São Paulo, o congresso contará com um time de especialistas de diversos segmentos que irão trazer à discussão temas da atualidade ligados ao mercado, seus desafios, soluções e inovações, tais como: economia, varejo digital, comportamento de consumo, marketing e tendências do varejo.

Entre os palestrantes, além do presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, estarão, também, o presidente do grupo JCPM, José Carlos Paes Mendonça; o presidente da Fecomércio-CE, Luiz Gastão Bittencourt da Silva; o superintendente do Banco Nordeste (BNB), José Robério Pereira de Messias; e demais personalidades. Eles discutirão temas como “Economia: O Cenário Econômico”, “Shopping Center: Para onde caminhamos? As transformações da Indústria de Shopping”, Varejo: Atual Momento do Varejo e Perspectivas”, “Mídias Sociais no Varejo”, entre outros.

IMPORTÂNCIA

Com a missão de catalisar as transformações que estão acontecendo no mundo, com impacto direto no segmento varejista, o evento pretende provocar os participantes (empresários, varejistas, administradores e profissionais da indústria de shopping centers) a saírem do lugar comum e programarem ações diferenciadas a partir de uma nova atitude frente aos negócios e uma nova forma de relacionamento, que afetará diretamente aos consumidores.

Para o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, o congresso Brasilshop – Fortaleza é muito importante para o setor varejista local, “pela concentração de empresários que este evento produz”. Segundo ele, com um número cada vez maior de executivos, “o Brasilshop tem mostrado a importância do comércio nacional na empregabilidade, no desenvolvimento da capacidade produtiva e na geração de riquezas para o Brasil, aproximando lideranças políticas e econômicas para a solução de eventuais obstáculos nas áreas tributárias, trabalhistas e burocrática”, destacou.

>Com mais de 40 mil associados em todo o País, a Alshop representa, hoje, cerca de 130 mil lojistas dos 866 shopping centers instalados no País. A entidade foi criada em 1994 e é membro da Federação Nacional de Varejo norte-americana (NRF), do Forum for International Retail Association Executives (FIRAE) e do International Council of Shopping Center (ICSC).

A associação tem como missão representar o varejo do setor e ser um elo entre lojistas, empreendedores, poder público e demais segmentos da economia, visando o fortalecimento e a capacitação do mercado. Por meio dela, os associados contam com uma rede de benefícios que inclui assessoria jurídica, acesso a informações dirigidas, fornecedores e prestadores de serviços homologados à Entidade e descontos em eventos.

SERVIÇO

Evento: 3° Brasilshop Congresso do Varejo – Edição Fortaleza;

Data: 15 de outubro, das 8h30 às 18h;

Local: Hotel Gran Marquise (Av. Beira Mar, 3980 – Mucuripe);

Informações e inscrições: (11)-3541-9431, ou através do email comercial@nessgroup.com.br.

CENÁRIOS – Incerteza econômica e excesso de shoppings eleva rotatividade de lojas

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RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) – As incertezas do cenário econômico e o elevado número de inaugurações de shopping centers nos últimos anos vêm aumentando a rotatividade de lojas nesses empreendimentos, com o maior impacto sendo sentido por lojistas de menor porte, dizem especialistas do setor.

Segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), a rotatividade média nos shoppings aumentou para 10 por cento das lojas em 2014, ante taxa de 6 a 7 por cento nos últimos três a quatro anos. Na prática, isso significa que de cada 100 lojas em shoppings, 10 fecharão e darão lugar a outras durante o ano.

"Este ano estamos tendo uma movimentação muito maior de saída de lojistas dentro dos empreendimentos", disse à Reuters o presidente da associação, Nabil Sahyoun, lembrando que nos últimos três anos, incluindo 2014, o país viu a inauguração de cerca de 100 shoppings.

A associação do setor, Abrasce, prevê encerrar o ano com 521 shoppings no país. Há oito anos, eram 351.

Para Sahyoun, o fechamento de lojas também está ligado às incertezas econômicas, em um cenário de menor crescimento do consumo e com maior impacto para os pequenos lojistas, que respondem por 75 por cento dos pontos de venda nos shoppings.

Segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas no varejo do país em julho tiveram o pior resultado desde outubro de 2008, contribuindo para o setor não registrar crescimento por seis meses. Já em agosto, segundo dados do setor compilados por Cielo e IDV, houve alta nas vendas, compensando a fraqueza vista em julho.

"Dentro dos shoppings, a gente atingiu situação de muitos pequenos lojistas que ficaram em situação de atraso, inadimplência, porque o movimento das lojas não aconteceu", disse Sahyoun.

A situação foi enfrentada, por exemplo, por uma franqueada de uma rede de vestuário feminino em shopping da BR Malls em Juiz de Fora (MG). "Os custos são muito altos e depois (de algum tempo após a inauguração) as vendas caíram", disse a comerciante que manteve a loja por cinco anos antes de fechá-la, pedindo para não ser identificada.

Quando o contrato venceu e o aluguel ia aumentar, ela optou por fechar as portas. "Os grandes não têm custo alto igual ao que a gente tem. Eles são isentos de taxas. O aluguel deles é mais barato porque eles chamam clientes. O pequeno paga pelo grande", acrescentou.

Empresas de maior porte também se desfizeram de pontos em shoppings neste ano.

A Inbrands – dona de marcas com presença maciça em shoppings – encerrou o segundo trimestre com cinco lojas próprias a menos da Ellus ante igual período do ano passado. Para a marca Mandi, a redução foi de quatro pontos, para a Salinas, de três. Richards e Selaria Richards, por sua vez, somaram quatro lojas a menos.

Questionada sobre o cenário de rotatividade em shoppings, a companhia, que também controla marcas como VR e Bobstore, se limitou a informar que, contabilizadas todas as lojas abertas e fechadas, registrou diminuição líquida de seis pontos próprios no período, sendo dois em shoppings. A receita líquida da empresa no segundo trimestre caiu 6,2 por cento na comparação anual, a 189,2 milhões de reais.

Desde o começo do ano, a varejista de moda Marisa também encerrou atividades de quatro unidades em shoppings do país. Os pontos foram fechados em empreendimentos de Ribeirão Preto (SP), Barueri (SP), Caxias do Sul (RS) e Vitória da Conquista (BA).

À Reuters, a companhia informou que a decisão fazia parte de sua estratégia de negócio, "uma vez que se tratavam de lojas com pouco impacto de venda e alto custo de operação". No saldo geral, contudo, a empresa terminou junho com 413 lojas, avanço ante as 380 de um ano antes.

Na avaliação do vice-presidente financeiro da Guararapes, Tulio Queiroz, há "mudanças importantes" na dinâmica das satélites (lojas menores) em shoppings, mas a disputa por crescimento no ambiente das lojas âncoras (grandes redes de varejo) continua forte. A Guararapes controla a varejista de moda Riachuelo.

"Podemos observar que todos os principais concorrentes que operam âncora mantêm seus níveis de investimento, mantêm seus planos de expansão; temos agora a chegada de alguns grupos internacionais", afirmou o executivo em agosto, em teleconferência de resultados.

REFLEXO PARA SHOPPINGS

Enquanto mudanças no ambiente econômico vêm afetando a rotatividade nos shoppings de maneira geral, seu impacto sobre a ocupação de empreendimentos já estabelecidos tem sido nulo, disse o analista do banco Fator Tales Paes.

"Entre as grandes companhias de shoppings, em 2013 e 2014, a taxa de ocupação de áreas têm tido zero reflexo de desaceleração econômica e arrefecimento do varejo", disse Paes, acrescentando que o processo de troca de lojas é frequente.

A taxa de ocupação das empresas listadas no segundo trimestre variou entre 94,5 por cento, no caso da Sonae Sierra e 98,4 por cento, da Multiplan.

"Quando avaliamos as vendas de grandes companhias, ainda vemos uma resiliência muito grande. Na nossa visão, se o nível de vendas continuar o mesmo em 18 meses, não vemos razão para que o aluguel seja um problema", disse.

Os empreendimentos mais recentes, no entanto, mostram um sinal de alerta para o setor, tanto é que as companhias colocaram o pé no freio no lançamento de novos projetos.

De acordo com uma pesquisa do Ibope divulgada em maio deste ano, a taxa média de vacância nos 36 empreendimentos inaugurados no ano passado foi de 50 por cento. Entre os shoppings inaugurados a partir de setembro, a taxa média de ocupação em 21 deles foi de 38 por cento.

Para o superintendente de relações com investidores da Aliansce, Eduardo Prado, o cenário é desafiador diante do aumento da oferta de empreendimentos e da situação da economia.

"Você tem que ter um mix completo para atrair o consumidor para estar cada vez mais dentro do shopping. Estando lá dentro, facilita muito o desempenho do shopping", disse. A companhia abriu cinco empreendimentos entre 2012 e 2013 e vem trabalhando para "rentabilizar ainda mais estes ativos", afirmou o executivo.

Negociação de antecipação de vendas parceladas de cartão

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Em circular divulgada em 25 de setembro, o Banco Central determinou a bancos e credenciadoras usar arquivo padronizado pela autarquia para desconto antecipado de vendas com cartão de crédito.
Trata-se de uma espécie de extrato, com datas e valores que vão entrar no caixa, acabando com procedimentos individuais que cada banco tinha que impedia a livre negociação e amarrava o lojista a um banco, ou seja, as credenciadoras faziam com que lojistas ficassem dependentes de um único banco.
Dessa forma, teremos o aumento da concorrência entre os bancos, e os comerciantes poderão ter custos reduzidos.
A Alshop juntamente com outras entidades participou desse movimento que vem favorecer o varejo nacional.

Cade aprova transferência de 6 lojas da Via Varejo para Cybelar

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a venda do direito de exploração comercial de seis lojas da Via Varejo para a concorrente Cybelar no Estado de São Paulo, conforme despacho publicado nesta terça-feira no Diário Oficial da União.
Não foram divulgados valores para o acordo, que envolve unidades localizadas em Jundiaí, Guaratinguetá, Praia Grande, Botucatu, Catanduva e Itapevi.

Varejistas se unem por pauta tributária e trabalhista

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Atibaia – Associações que representam diferentes segmentos do estão se unindo para, entre outras demandas, reivindicar a flexibilização na contratação de mão de obra temporária e simplificação de tributos.

>A criação da União Nacional das Entidades de Comércio e Serviços (UNECS) foi anunciada durante convenção do setor de supermercados em Atibaia, São Paulo.

O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Yamada, afirma que a pauta tributária e trabalhista foi um dos consensos que uniu, além da Abras, entidades como a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) e a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), entre outras.

Um dos pleitos é a criação de vagas de emprego por curtos períodos de tempo.

Yamada ainda defende a redução da incidência de INSS sobre folha de pagamento de 20% para 15%.

O setor supermercadista não aderiu à desoneração da folha de pagamento na regra que substitui a contribuição ao INSS pelo pagamento de taxa de 1% do faturamento.

"Não é viável para nós porque vai contra a melhoria da produção e da competitividade", comentou.

A substituição, comentou, deixa de ser interessante na medida em que um custo que era variável e poderia cair com ganhos de eficiência se tornaria fixo.

Vendas

Nesta terça-feira (16), a Abras divulgou sua projeção de crescimento para as vendas do setor em 2015. A entidade espera que o setor registre alta de 2,5% no próximo ano, já descontada a inflação.

O número é superior aos 1,9% esperados para 2014, mas inferior ao patamar dos últimos anos, principalmente considerando que a base de comparação será fraca.

Apesar dos números, Yamada evitou o discurso pessimista. Ele destacou que pesquisas de hábitos de consumo revelam queda na frequência de visitas das famílias aos supermercados, mas considerou que ainda há oportunidades a serem capturadas. "

Nota-se que o consumidor ainda não abre mão de marcas que são importantes para ele, de produtos que considera saudáveis e que apresentam soluções para o dia a dia", ponderou.

Para ele, esse aspecto indica que, apesar da desaceleração do consumo, o Brasil não deve voltar ao patamar de consumo mais fraco que acontecia em anos anteriores ao processo de aumento de renda e crescimento da classe C.