Idosos já representam boa parte do mercado consumidor

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Com novos hábitos e necessidades, eles pedem adequações no ponto de venda

Quem enxerga a “terceira idade” como um público velhinho e sem propensão às compras, está muito enganado. Os idosos já somam 25 milhões de brasileiros e compõem uma das faixas da pirâmide etária que mais cresce no Brasil. A previsão é que haja mais de 35 milhões de “sêniores” no país até 2026.

Anualmente, 670 mil pessoas entram nessa faixa etária, ostentando independência financeira e tempo livre, dois fatores que podem ser muito bem trabalhados pelo varejo e shopping centers desde que estejam preparados para atendê-los adequadamente.

"Há uma mudança na estrutura etária da sociedade. A indústria, o varejo e o setor de serviços precisam se adaptar a isso", diz Claudio Felisoni de Angelo, professor da FIA (Fundação Instituto de Administração). Ele ressalta, entretanto, que o nível de exigência desse público é ainda maior do que o restante dos consumidores.

E as adaptações podem ser desde a criação de marcas/empresas e espaços especialmente dedicados a esse público – as redes de academia Vincere e B-Active, por exemplo, foram criadas para atender esse público e anotam crescimento de 20% ao ano – quanto pequenas adaptações realizadas no ponto de venda.

Pesquisa de opinião

“O varejo olha muito pouco para o público sênior e acaba não percebendo oportunidades em produtos e serviços que podem impactar a qualidade de vida desses consumidores”, ressalta Valéria Rodrigues, diretora da Officina Sophia Retail, responsável pelo estudo feito em parceria com o CIP (Centro de Inteligência Padrão). Esse estudo indica que, além de preço baixo, os idosos buscam elementos com aspectos de conforto e etiquetas visíveis são importantes para todo o público da terceira idade.

Os assuntos mais recorrentes entre as reclamações são a falta de atendentes treinados para dar explicações sobre produtos e etiquetas dos preços com letras maiores, além de ar-condicionado com temperaturas mais agradáveis.

A terceira idade gosta de pesquisar e 70% dos entrevistados afirmam buscar em várias lojas até encontrar o que procuram. Entre as mulheres, esse percentual chega a 79%. A maioria dos entrevistados, 57% (65% levando em conta somente as mulheres), considera ir ao supermercado para um passeio.

Eles gostam de observar as novidades e passam bastante tempo dentro da loja. Já a visita à farmácia é vista como obrigação por 85% deles e as compras nesses estabelecimentos são feitas rapidamente. Outro hábito peculiar de consumo é notado quando se trata de eletrodomésticos ou eletrônicos, pois 72% buscam esses produtos apenas quando o que está em uso quebra.

A seu favor

Para a consultora do Sebrae-SP Ariadne Mecate, o idoso está atrás de qualidade de vida. "O perfil do idoso mudou. Hoje ele quer agir igual ao jovem, tem dinheiro e saúde, e pretende desfrutar dos prazeres da vida", diz ela. O órgão condensou alguma dicas para os empresários aproveitarem melhor a interação com esse público.

EXPERIÊNCIA CONTA

  • Ouvidos abertos

A população mais idosa tem mais tempo livre e quer ser bem atendida. Vendedores precisam ser treinados para saber explicar os detalhes e responder todas as questões com paciência

  • Cuidado na rede

Cresce o uso de internet por pessoas mais velhas e, por isso, é interessante direcionar a elas um conteúdo on-line. Por outro lado, manter o atendimento pessoal ou por telefone é essencial

  • Caminho livre

Facilidade no acesso é fundamental, pois esse cliente exige mais comodidade. Ter estacionamento próprio conta pontos, assim como estar perto de uma estação de metrô ou de um ponto de ônibus.

  • Ambiente seguro

É importante adaptar o espaço físico, colocando rampas no lugar de escadas, por exemplo. A lógica também se aplica ao material escrito, que não deve conter letras muito pequenas

Petland avança para o interior e abre duas lojas em São José do Rio Preto

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Com investimentos de R$ 1 milhão, administrador de empresas se torna novo máster franqueado e planeja expandir a rede para outras cidades do interior do estado de SP

São Paulo, junho de 2017 – A franquia Petland para pet shop vai fincar mais duas bandeiras em uma região do estado de São Paulo onde ainda não havia representante da marca. Com investimentos de R$ 1 milhão, São José do Rio Preto ganha duas lojas Petland pelas mãos do novo franqueado, o administrador de empresas César Augusto Luchetti. A primeira unidade foi inaugurada em 19 de junho, na Av. Murchid Homsi, nº 1155, no bairro de Vila Diniz; e a segunda está prevista para novembro.

Depois de um bem sucedido empreendimento como distribuidor de medicamentos em várias cidades, iniciado em 2002, em Pouso Alegre (MG), Luchetti resolveu variar de ramo de negócios.

Chegou ao mercado pet depois da sugestão do seu sogro, um executivo de um grande laboratório farmacêutico, que o avisou sobre a oportunidade de um mercado em expansão. “Ele ficou três anos insistindo para que eu abrisse uma loja de pets”, lembra. Como Luchetti não é do ramo (seu contato com animais de estimação se dava apenas com seus cães Golden Retriever e Spitz Alemão), decidiu procurar a Petland ao tomar conhecimento do conjunto de ferramentas de gestão que a franquia oferece, como treinamentos, informações estratégicas, acompanhamento de desempenho etc.

O administrador de empresas viu de perto como funciona o modelo de negócios da Petland, rede americana com operações em 19 países, que trabalha com quatro pilares de gestão: “Transmissão de Informações”, direcionadas a todos os visitantes da rede; “Experiência de Compra”, espaço nas lojas que permite aos clientes interagirem com os animais, entre cães, gatos, roedores e coelhos; “Política de Preço Baixo” e “Responsabilidade Social”, com eventos periódicos para adoção de animais.

“Com o suporte da rede, o franqueado consegue melhores descontos com os fornecedores, um pacote de ferramentas de gestão, consultoria de campo mensal, avaliações de loja direcionadas, eventos focados em inteligência de vendas e grandes melhorias de margens de lucro”, explica Rodrigo Albuquerque, sócio-diretor da Petland e responsável pela expansão da rede no Brasil.

Depois de convencido da viabilidade do empreendimento, que além do sogro, contou com a ajuda da esposa Francine Borgonovi Luchetti, zootecnista, e entusiasta da ideia, César Luchetti tomou as providências necessárias. Com boa parte da equipe formada, levou-a para um contato mais estreito com a franquia. “Eu só tenho a agradecer o treinamento que recebemos na Universidade Petland, em São Paulo, porque minha equipe voltou totalmente animada e tenho certeza de que isso vai fazer toda a diferença na nossa loja”, afirmou.

A Universidade Petland é um Centro de Treinamento para formação de colaboradores e franqueados onde se aprende sobre o planejamento estratégico da operação, especialmente para orientar os clientes em relação às necessidades básicas que melhor se ajustam ao animal de estimação.

A ideia do administrador de empresas não é ficar apenas nas duas unidades de São José do Rio Preto, pois como máster franqueado da Petland pretende expandir a rede pelas cidades da região. A primeira loja que inaugura em junho foi configurada no formato “Experience”. Terá 470 metros quadrados, venda de filhotes de cães de diversas raças e já está com quase todos os funcionários contratados. A meta de vendas no primeiro mês está entre R$ 150 mil e R$ 200 mil.

Modelos das lojas

Com três anos de operação no país, a Petland vem mantendo um ritmo sustentável de crescimento. Atualmente, a rede tem 46 lojas, entre abertas e em construção, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Maranhão, Paraná e Mato Grosso do Sul.

A empresa oferece diversos formatos de lojas para atrair novos investidores: “Light”/compacta (sem filhotes), com área de 80m2 até 169 m2, ; “Full”/completa (com filhotes), com tamanhos entre 170m2 até 399m2; e “Experience”, mesmo padrão da loja completa, porém com área acima de 400m2. A loja compacta tem algumas vantagens econômicas como custo de instalação reduzido, custo de ocupação até 50% menor e maior facilidade operacional.

O faturamento médio, dependendo do tamanho da loja, pode chegar a R$ 1.200 /m² quando a empresa atinge maturidade. O investimento inicial na franquia é a partir de R$ 299 mil, incluindo o treinamento de sete dias na Universidade Petland (presencial e on-line), que consiste em transmissão de informação continuada e não simplesmente no início da operação. O prazo de contrato é de cinco anos, e o retorno vem de 24 a 36 meses.

Sobre a Petland
Inspirada na filosofia de entretenimento americana, a Petland foi fundada em 1967, com a ideia de potencializar a interatividade entre humano e animal. Em meados da década de 1970 a empresa iniciou seu processo de expansão via franquias e internacionalizou-se a partir do Canadá. Hoje, a rede está em 19 países: Estados: Estados Unidos, Canadá, Japão, China, África do Sul, México, Brasil, Honduras, Guatemala, El Salvador, Nicarágua, Árabia Saudita, Emirados Árabes, Egito, Turquia, Qatar, Líbano, Kuwait e Bahrein. Mais informações: http://www.petlandbr.com.br/

Franquias, Licenciamento e Varejo são temas de evento em Brasília

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Brasilshop RoadShow aborda Franquias, negócios e oportunidades com a participação de grandes empresários e profissionais

O setor de franquias brasileiro segue em crescimento! No primeiro trimestre desse ano o segmento teve alta nominal de 9,4% e faturamento de R$ 36,89 bilhões.

O número de lojas também cresceu: são 142.673 unidade, representando alta de 1,3%. Os números revelam que tornar-se um franqueado é uma boa opção para os empreendedores que querem investir em um novo negócio ou, mesmo, expandir os ramos de atuação.

Para facilitar esse contato com o universo franchising, a Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) leva o Brasilshop Road Show para Brasília.

A capital do país recebe o evento hoje, até às 17h.

O conteúdo do Congresso contempla desde o cenário econômico atual no Brasil, passando pelas áreas com as melhores oportunidades para os empreendedores. Formatos diferenciados e marcas em ascensão são o ponto alto do evento: além de conhecer os cases, os participantes poderão conversar com os palestrantes, tirar dúvidas e incrementar o networking.

Além disso, o coordenador de Projetos de Varejo, Shopping e Imobiliário do IBOPE Inteligência, Fábio Caldas, abordará as tendências de consumo e as sutis transformações no perfil dos consumidores brasileiros, e o diretor da Disney, Caio Rinaldo, falará sobre licenciamento, branding e encantamento, respaldado pela história de uma das principais empresas do mundo.

Leonardo Colmanetti, da Raccoon falará sobre os benefícios do marketing digital para alavancar vendas e Daniel Zanco, do Universo Varejo, trará as atitudes indispensáveis para acompanhar o dinamismo do setor e tirar proveito das mudanças de comportamento e consumo. Abrindo o dia de palestras, o presidente do Grupo Paulo Octávio, falará como o setor está se recuperando após forte crise.

Entre as marcas confirmadas, estão Bob´s, DryWash, Johnny Rockets, Petland e Único Asfaltos, representando a diversidade de oportunidades do setor de franquias.

S.Stein preparou uma quinzena especial para quem não dispensa um óculos

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Malibu faz seu estilo!

S.Stein preparou uma quinzena especial para quem não dispensa um óculos

Primeiros passos para abrir uma franquia

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O consultor Diego Simioni comenta como selecionar uma fraquia e explica os passos necessários para se manter no negócio

Se existe um consenso entre consultores e especialistas em varejo e franquias é que, antes de entrar nesse segmento, o empreendedor precisa ter capacidade de aceitação e disciplina para entender que existem regras e padrões a serem seguidos. Também é necessário escolher um negócio do qual se goste – não adianta vender chocolates se você for diabético, por exemplo – e ter o tino comercial ativo, ser presença constante no seu ponto. Além disso, é necessário que o franqueado tenha recursos financeiros suficientes para impulsionar o negócio, estabelecido pelas franqueadoras como capital de giro.

Para ajudar os novos empreendedores nessa busca pela franquia que mais se adeque ao seu perfil, o consultor Diego Simioni listou alguns passos.

  • Perfil investidor

Quem se enquadra nessa categoria, ou seja, quer abrir um (novo) negócio apenas para aumentar o capital, deve optar por franquias que lhe permitam montar uma equipe de gestão com capacidade para tocar o dia a dia do negócio. Normalmente, são franquias com investimento mais alto e que possibilitam a abertura de mais de uma unidade.

"Dessa forma, o investidor pode criar uma equipe para gerir o negócio e diluir seu custo entre diversas unidades da franquia", diz.

  • Desempregados

Foi desligado da empresa e quer investir o dinheiro da rescisão em um negócio? Nesse caso, a escolha vai depender da sua experiência anterior e do capital que tem disponível. Se o capital for baixo, aposte em um microfranquia. Entretanto, o especialista alerta: "todo cuidado é pouco: como esses modelos de negócio, normalmente, requerem baixo investimento não só do franqueado mas também do franqueador e, alguns desses segmentos apresentam baixa barreira de entrada, muitos aventureiros sem experiência no segmento tem se arriscado abrindo suas marcas de franquia e colocando em cheque a reputação do negócio".

  • Já possui franquia

Caso o franqueado já esteja satisfeito com o negócio e exista mercado potencial no segmento, a primeira opção deve ser abrir uma franquia da mesma marca. Por outro lado, se o mercado de atuação de sua franquia está apontando para baixo, é interessante diversificar e buscar franquias que atuem em outros nichos.

  • Como escolher?

Antes de sair procurando franquias, o primeiro passo é realizar uma autoanalise para entender o "porquê" você quer investir em uma franquia e quais são suas áreas de afinidade e no que você quer trabalhar. A partir daí, é importante entender mais sobre as especificidades do negócio de franquias. Depois de recolher as informações necessárias, selecione 3 o 4 marcas e faça uma avaliação criteriosa. "Converse com franqueados da rede e entenda o dia a dia do negócio. Vale também fazer uma boa análise do contrato de franquia", recomenda Simioni.

  • Precisa de crédito?

Apesar de existirem linhas de crédito disponíveis no Brasil específicas para o financiamento de franquias, o mercado nunca conseguiu explorar com força essas alternativas.

Desde 2015, esse cenário começou a mudar: o SEBRAE disponibilizou um fundo garantidor de crédito para garantir financiamentos voltados para as franquias. Em alguns casos, o franqueador possui convênio com alguns bancos para viabilizar esse tipo de financiamento, portanto, caso não tenha todo capital disponível para investir na franquia, consulte a empresa com a qual você está interessado na franquia.

Caso você queira ir direto aos bancos, mais informações sobre linhas de crédito você encontra no site das instituições financeiras como Bradesco, Banco do Brasil e Santander.

O consultor aconselha: "Se optar pelo financiamento, fique atento. É preciso fazer as contas e verificar se você conseguirá pagar a parcela! Prefira financiamentos que ofereçam carência nos primeiros meses, assim você não ficará com a corda no pescoço enquanto sua franquia ainda não está indo de vento em popa".

Expectativas para a inflação e o PIB foram revisadas para baixo na semana passada

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As projeções para a inflação e o crescimento do PIB deste e do próximo ano foram novamente revistas para baixo na última semana, segundo as estimativas coletadas até o dia 16 de junho e divulgadas há pouco pelo Relatório Focus do Banco Central. As expectativas para o IPCA recuaram de uma alta de 3,71% para outra de 3,64% para 2017 e passaram de 4,37% para 4,33% para 2018. A mediana das projeções para o crescimento do PIB, por sua vez, também foi calibrada de 0,41% para 0,40% para este ano e de 2,30% para 2,20% para ano que vem. Sem alterações em relação às últimas semanas, a mediana da taxa Selic permaneceu em 8,50% para o final de 2017 e de 2018. Por fim, a mediana das expectativas para a taxa de câmbio seguiu inalterada em US$/R$ 3,30 para o final deste ano e em R$/US$ 3,40 para o final do próximo ano.

Cacau, leite, açúcar e paixão

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Motivação, inteligência emocional e muito brilho no olho: os diferenciais do chocolateiro mais querido do país

Aos 17 anos, Alexandre Costa pegou US$ 500 emprestados de um tio para cumprir o compromisso de entregar 2000 mil ovos de Páscoa de 50 g – produto que ele já tinha vendido, mas que nenhum fornecedor produzia. Com a o auxílio de dona Cleusa, em uma semana ele conseguiu entregar todo o pedido – e saiu da ‘aventura’ com um lucro de US$500. A história do fundador e CEO do Cacau Show não é mais uma novidade. Um empreendedor nato que hoje coordena 5 fábricas, 2020 lojas (30 próprias), 7500 funcionários e, ainda, uma fazenda de cacau em Linhares (Espírito Santo) e um faturamento anual de R$ 3 bilhões.

Em meio à crise, Costa apostou na construção de mais uma fábrica com 55 mil metros quadrados. Ele afirma que a iniciativa foi necessária para que a empresa esteja preparada para usufruir dos bons tempos que chegarão (em breve).

Presente em 700 municípios – distribuídos em todos os estados do Brasil – a Cacau Show é uma das marcas mais queridas pelo consumidor brasileiro. E a marca está sempre em expansão: acaba de lançar um linha de gelato e três novos modelos de microfranquias, além de surpreender os consumidores, constantemente, com novos produtos e coleções.

Os próximos passos? Organizar um novo “lote de mil lojas” e colocar os pés fora do Brasil – “Vamos fazer gente feliz em outros idiomas”, diverte-se Alexandre Costa.

“A paixão tem sido uma vantagem competitiva”

Você é um líder admirado pelos funcionário, colaboradores e franqueados. A que credita esse sucesso?

Alexandre Costa: Francamente eu acho que se trata de uma missão. Cada um nasce com um dom, um gift, um presente… e nós vamos ter que acertar essa conta um dia. O fato é que o sonho de um garoto que começou para mostrar muito para a família, depois para si mesmo, depois para a sociedade que era capaz, se transformou numa paixão, um produto delicioso, lúdico. Me apaixonei pelo setor, estudei, fui para a Bélgica.

O fato de eu não ter muita experiência mas ter muita paixão e ser uma pessoa muito aberta sobre vários tópicos, aberta para o novo, para estar próximo das pessoas e não ter essa coisa de não ter nenhum modelo têm sido uma vantagem competitiva. Também é uma oportunidade de melhoria.

Sempre fizemos as coisas, nesses 28 anos, com muito amor, com muita abertura, olhando nos olhos, entendendo o outro, o limite do outro, buscando liderar pelo exemplo. Eu estou aqui – enquanto muito empresários estão esquiando nas férias eu estou aqui na empresa. Essa paixão acaba inspirando as pessoas, elas percebem quando você é genuíno de verdade. Eu tenho ainda todos os defeitos de um ser humano, de alguém que ama muito o que faz. Eu devo ter muitas coisas que as pessoas não gostam mas tenho uma verdade: eu entrego a minha vida por isso.

“Não queremos zona de conforto, a gente entende que existe uma missão por trás desse negócios que é gerar desenvolvimento para o Brasil”

A “valorização das pessoas” é uma das missões da Cacau Show. Como surgiu esse conceito e como ele se aplica, na prática?

Alexandre Costa: Todas as segundas-feiras nós nos reunimos na “Segunda Show”. A ideia é conversarmos, tocarmos violão, nos aproximarmos. Também há outras ações, eu faço pessoalmente o almoço na sexta-feira santa, entre outras coisas. Eu gosto de estar presente no cotidiano da empresa e, também, gosto de ouvir o que as pessoas têm a dizer. Eu falo com as pessoas simples porque elas têm muitas soluções para os problemas. Não tem essa história de hierarquia… em algumas empresas jamais o presidente ouviria as recomendações de um empregado. A gente põe a mão na massa.

O que nós buscamos são pessoas com brilho no olhos, curtir o que está fazendo, curtir fazer parte dessa história, arregaçar as mangas e se propor a fazer. Um dos grandes ativos dessa casa são os funcionários. Nós valorizamos as pessoas incentivando-as a crescerem. O nossos Diretor de Supply limpava o chão, literalmente, 17 anos atrás, e hoje ele compra 400 milhões em suprimentos, é de minha inteira segurança e negocia melhor do que eu.

Você realizou o seu sonho e segue realizando o sonho de outras pessoas, que se tornam empreendedores com uma franquia. Como se sente a respeito?

Alexandre Costa: Eu me sinto com grande responsabilidade, porque hoje são quase 10 mil pessoas ligadas a esse negócio – entre os funcionários das fábricas, os franqueados, os funcionários das lojas. Sinto orgulho e responsabilidade, porque eu não posso perder o prumo, tenho que manter a direção, incentivar, colocar fogo na turma.

Nós fazemos tudo de forma correta, adequadas. Somos uma empresa completamente formal, somos auditados pela Ernest & Young. Fiz um conselho para que eles me desafiem, para que eles me ajudem.

Nós não queremos zona de conforto, a gente entende que existe uma missão por trás desse negócios que é gerar desenvolvimento para o Brasil, para essa cidade, para esse estado, pra esse país. Estamos trabalhando com essa missão de continuar sem pestanejar.

Como a crise afetou os seus negócios?

Alexandre Costa: Estamos vivendo um momento de crise no país mas nós tínhamos um dinheiro em caixa e decidimos investir na expansão na fábrica porque, quando o país retomar o crescimento, estaremos preparados para usufruir desse novo momento. Também lançamos uma linha de gelato, mais um produto para completar o mix das lojas. E abrimos três novos modelos de micro-franquias, para aquelas pessoas que pretendem empreender nesse momento e não têm tanto dinheiro para investir.

O empresário tem que ter consciência política porque gera emprego, renda, impostos. É claro que está havendo uma renovação política. Só o fato de vermos presos – sejam políticos, empresários, qualquer um que cometeu erros – e presos há mais de um ano, já aumenta a confiança de que as coisas irão melhorar, que quem faz o certo será reconhecido e quem faz errado será punido.

Há três anos, a empresa comprou uma fazenda de Cacau. É apenas mais um passo na verticalização da empresa?

Alexandre Costa: Sempre enxergamos a verticalização como fundamental para o crescimento da empresa principalmente para conhecer todas as etapas do negócio. Acredito que é fundamental entender o outro, entender o negócio do outro para aprender a tirar o melhor proveito e gerar uma relação de ganha-ganha. Com a fazenda, podemos compreender que existem técnicas de produção que asseguram maior produtividade e menor custo. Mas nós precisamos aprender as melhores técnicas para chegar no melhor resultado, é trabalhoso. Mas nós nunca fomos pelo caminho mais fácil.

Quais são os próximos passos da Cacau Show?

Alexandre Costa: Além da inauguração da nova fábrica e da continuidade do nosso projeto social, que já atende centenas de crianças, vamos planejar o próximo lote de 1000 lojas.

Também começamos a projetar um pezinho fora do Brasil. Vários empresários e empreendedores comentam que a Cacau Show é um benchmark, um modelo de negócios único e fizeram ofertas para levarmos a rede para fora do Brasil. Então isso está nos nossos planos: começamos a estudar a melhor maneira de internacionalizar a marca. Ainda não há nada concreto e nenhum contrato assinado, mas estamos estudando os mercados e as ações necessárias para concretizar essa internacionalização. Vamos fazer gente feliz em outros idiomas.

E você já pensou sobre a sucessão no comando da empresa?

Alexandre Costa: Sim, eu já estou com 45 anos. Até a implantação do conselho é uma maneira de eu preparar a minha sucessão. Eu continuarei presente, atuante, energizando todo mundo, apenas não serei mais o presidente. Acredito que esse processo leve mais uns três anos, pelo menos.

Quando a franquia não é um “sucesso”

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É possível aprender com o fracasso: essa é a lição dos fundadores do Billy the Grill, rede que faturou R$ 50 milhões em 2015 – apenas no Estado do Rio de Janeiro

O desejo de comandar o próprio negócio nem sempre resulta em uma experiência positiva. Essa foi a lição aprendida pelo engenheiro elétrico, Luís Felipe Costa. Depois de uma experiência bem sucedida na Ambev, empresa na qual passou de estagiário à gestor, Costa decidiu, em 2009, abrir em parceria com o irmão Luiz Sergio, uma franquia de uma rede de alimentação. A promessa: suporte em treinamento, manual e receita, tudo isso com um bom investimento inicial. Porém, a história não se desenvolveu assim.

O investimento inicial triplicou, o treinamento da franqueadora não aconteceu e Luiz Felipe e Luiz Sergio tiveram que aprender na prática. Mesmo assim, os resultados não apareciam. A concorrência era grande e a experiência em administração, mínima. E, sem o suporte da franqueadora, os problemas começaram a aparecer, a dívidas aumentaram e os irmãos tiveram que repensar o negócio.

Em 18 meses de atuação, os irmãos já contavam mais de R$ 700 mil em dívidas. "Não tínhamos experiência suficiente para administrarmos um negócio e não recebemos suporte do franqueador para nos ajudar a fazer as coisas funcionarem. Com isso, vimos a loja afundar." Naquele momento, só viam duas opções – desistir de empreender (e perder o tempo e capital investidos) ou começarem a tocar um negócio próprio, aproveitando-se da expertise adquirida.

PA(I)TROCÍNIO

Então, surgiu uma figura muito importante para a virada da história: o pai. Foi ele quem financiou a decisão e engajou os filhos na segunda opção. Luiz Felipe fez cursos relacionados a gestão de restaurantes, fez o Empretec oferecido pelo Sebrae, participou de feiras e eventos do setor para conhecer fornecedores, enquanto seu irmão se especializou em Gastronomia.

Foi um pulo para lançar o Billy The Grill, em 2010. O grande diferencial do restaurante, descrito como fast food em estilo country, são as carnes grelhadas servidas em pedra sabão com deliciosos acompanhamentos – todos eles surgidos de receitas caseiras.

Com a criação do restaurante e a reorganização financeira que se seguiu, os negócios dos irmãos decolaram. Na franquia, a dupla se empenhou para não cometer os erros do passado. "Resolvemos focar no Rio de Janeiro. Como tivemos pouco suporte, decidimos manter as operações mais próximas da gente", afirma Luiz Felipe.

CARNES NOBRES E ACOMPANHAMENTOS CASEIROS

Em pouco tempo, o Billy The Grill ganhou destaque nas praças de alimentação do Rio de Janeiro e região metropolitana fluminense oferecendo, além das carnes nobres, petiscos, hambúrgueres, sobremesas e combos. Atualmente são 38 lojas (apenas uma em Minas Gerais) com previsão de abertura da 39ª em breve. A regionalização é uma estratégia: iniciando a expansão no próprio Estado, os sócios podem acompanhar todo o procedimento dos franqueados e manter a padronização. "Somente agora, que sentimos que o negócio está consolidado por aqui, é que vamos partir para outros Estados", revela Luiz Felipe.

Logo os resultados apareceram não só em vendas – a rede teve faturamento de R$ 50 milhões em 2015 – mas, também, em certificações – como no Selo de Excelência em Franchising, que a rede recebeu da Associação Brasileira de Franchising no Rio de Janeiro (ABF-Rio). E, mesmo assim, o fundador da rede não parou de estudar. Ele concluiu a pós graduação em gestão de franquias pela ESPM. Na mesma época, foi chamado para ser diretor da ABF-Rio.

A especialização, os resultados com o Billy the Grill e a abertura da segunda rede de franquias (o Vizinhando, especializada na comercialização de espetinhos), o credenciaram ao cargo de Gestor de Novos Negócios. O empreendedor reforça a importância de fazer cursos relacionados à gestão de restaurantes e de participar de feiras e eventos do setor para conhecer fornecedores. "O mercado de franquias exige dedicação e aplicação prática de conhecimento. Para isso, é fundamental investir em cursos e formação profissional no setor de franchising, que se expande a cada ano", explica Luiz Felipe.

ENGAJAMENTO SOCIAL

Outro destaque desses jovens empresários é o engajamento social. Por meio do Billy The Grill, tornaram-se parceiros do projeto Craque do Amanhã em São Gonçalo, que disponibilizam nas lojas de maior movimento urnas para doação voluntária. As arrecadações são doadas ao projeto, que tem como objetivo utilizar a prática futebolística na formação de crianças e jovens.

"É uma das primeiras ações solidárias que participamos e a ideia é repetir a experiência em prol de outras causas e instituições. É muito enriquecedor para a equipe Billy The Grill esse envolvimento solidário com os clientes, que participam ativamente de nossas campanhas. Acredito que seja uma forma de ir além da proposta gastronômica, ajudando o próximo e conscientizando a clientela", resume Luiz Felipe.

As perspectivas para 2017 são de ampliar ainda mais a rede. Já consolidada as operações no Rio, a marca Billy The Grill buscará expansão para outros estados do Sudeste.

Branding e Relacionamento

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Posicionamento da C&A prega o “Junto & Misturado” traz nova visão da marca e relacionamento com o cliente

Um novo ponto de vista sobre a moda, que incrementa o branding da marca e gera relacionamento mais próximo com o consumidor. Esse é o mote da campanha "Despertar", da C&A, que propaga o conceito "Junto & Misturado". O comercial ousado e inspirador traz centenas de pessoas de todos os gêneros, idades e tipos físicos, correndo em busca de suas roupas. O detalhe: cada um usa aquela que encontra, sem se atentar para dogmas. Assim, homens se cobrem com saias e calçam saltos altos, enquanto as mulheres se vestem com peças tipicamente masculinas.

Criada pela AlmapBBDO, a campanha estimula os consumidores a misturar cores, estampas, conceitos de forma a encontrarem e expressarem o próprio estilo. E foi uma das vencedoras do Prêmio Lojista Alshop, em "cases". “Receber o prêmio pela campanha ‘Despertar’ e o reconhecimento da Alshop, entidade ligada aos lojistas em que todos os envolvidos conhecem muito bem o varejo e as suas movimentações, é muito importante para nós’, revela Elio Silva, vice-presidente de operações e marketing da C&A. Ele acrescenta que a campanha foi um marco nesta fase.

“Nela, revelamos uma nova visão sobre a moda, que diz respeito a como a gente quer se relacionar com os nossos consumidores. Para a C&A, a moda tem que dar mais liberdade para as pessoas, por isso convidamos para que elas se divirtam usando as roupas que elas quiserem usar. Com certeza, ter esse trabalho reconhecido fortalece o caminho que estamos seguindo”, acredita.

Auto expressão

Tanto o comercial quanto as fotos da nova coleção fazem parte de um reposicionamento da marca. Muito mais do que um fast fashion, a C&A quer ser reconhecida como uma marca de moda e encontrar os consumidores a terem uma leitura individual e "customizada" da moda, por meio da expressão da diversidade. “Para nós, a campanha retrata um novo cenário, em que saímos de uma visão de moda imposta para dar espaço a uma moda mais livre, que permite aos nossos clientes ousar, experimentar e combinar peças. Hoje, os clientes têm mais informações sobre as tendências de moda no Brasil e no mundo e se permitem misturar mais. Queremos mostrar que a moda como expressão do indivíduo é muito mais dinâmica e divertida”, explica Silva.

Para a empresa, a mistura faz tudo ficar melhor: a vida fica mais alegre quando todos estão juntos, as cores ficam mais bonitas quando se encontram. Tudo junto e misturado.

A ideia é ressaltar que cada um pode fazer a sua própria moda, sem a imposição de nada. "A moda C&A quer incluir o consumidor num mundo colorido e ousado. Mas não com estilo imposto, careta, de quem não se mistura. E, sim, por aquilo que valoriza cada um. É um conceito que só fica lindo quando misturada ao seu jeito de ser e viver a moda", resume o executivo.