O Bank of America Merrill Lynch vê boas oportunidades de investimento entre as ações de empresas que administram shoppings. Em relatório publicado nesta segunda-feira (12/07), os analistas Fanny Oreng e Carlos Peyrelongue classificam a Iguatemi (IGTA3) como top pick.
A equipe de análise vê no segmento de administração de shoppings uma “proposta atrativa para os investidores, de lucrar com a perspectiva de forte crescimento no consumo brasileiro”. O impulso desta projeção de forte avanço no ritmo de consumo tem como alicerces o ganho real de salários frente à relativa baixa alavancagem do consumidor brasileiro, a aposta de que o crescimento das receitas dos shoppings será maior que o avanço consolidado do varejo e as características defensivas dos contratos de locação, indexados à inflação.
Pelo seu forte forte prospecto de crescimento e pelo valuation atrativo, a Iguatemi é tida top pick entre as quatro empresas sob cobertura do Bank of America Merrill Lynch. A expectativa do banco é de avanço de 76% na ABL (Área Bruta Locável) nos próximos cinco anos, acima das taxas esperadas para BR Malls (55%) e Multiplan (38%), o que baseia o otimismo com a empresa.
O espaço para expansão da margem Ebitda (percentual da receita líquida de uma empresa que se converte em geração operacional de caixa), projetado pelo BofA ML em 370 pontos, base entre 2009 e 2014, também é elogiado pelos analistas.
As ações da BR Malls também têm recomendação de compra pela equipe, com estimativa de forte crescimento da empresa e elevado potencial de valorização frente ao preço-objetivo calculado pelo banco. A ressalva fica por conta da possibilidade de uma oferta de ações da empresa elevar a quantidade de papéis em circulação no mercado.
No mesmo relatório, Fanny Oreng e Carlos Peyrelongue reiniciam a cobertura das ações da Multiplan com recomendação underperform, ou seja, a perspectiva para a performance destas ações é menos atrativa do que as demais dentro do universo de cobertura do Bank of America Merrill Lynch. Os analistas destacam o prêmio com o qual as ações da empresa são negociadas frente aos pares no setor e também as perspectivas menos atrativas de crescimento da empresa.
Por fim, embora evidencie o forte potencial de valorização das ações da General Shopping frente ao seu preço-objetivo (revisado de R$ 11 para R$ 9,70), a equipe de análise mantém o rating neutro enquanto a empresa não apresentar maiores taxas de expansão e não solucionar a elevada alavancagem de seu balanço financeiro.