Fenaprevi vê queda de até 15% em valor do seguro de vida no país

Os valores de novos seguros de vida a serem contratados no Brasil poderão ter uma redução de 10% a 15% a partir da adoção de uma tábua atuarial genuinamente brasileira, estima a Federação Nacional de Previdência e Vida (Fenaprevi). A nova tábua, apresentada nesta quinta-feira, foi desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ao longo dos últimos dois anos e tem como base os dados das 23 seguradoras do país e um universo de 32 milhões de pessoas. Até hoje, o cálculo de prêmios, contribuições e seguros era feito com dados da tábua dos Estados Unidos. A tábua brasileira usa dados sociais e demográficos da população do país.

O presidente do Conselho Atuarial da Fenaprevi, Jair Lacerda, afirmou que a adoção da nova tábua vai mexer basicamente com os dados referentes à esperança de vida, o que deve reduzir as contribuições dos seguros de vida. A nova tábua prevê que a expectativa de vida de um homem de quarenta anos, idade média de um comprador do serviço no país, passa a ser de mais 40 anos, contra 33,5 anos na versão anterior.

Entre as mulheres, a expectativa de vida sobe com a mudança de mais 38,8 anos para adicionais 46,2 anos –a partir da faixa dos 40 anos. “Estimamos que em ambos os casos pode haver uma redução de 10 a 15 (no preço do seguro), visto que a expectativa de vida aumentou”, disse Lacerda a jornalistas. Segundo ele, cerca de 70 governos no mundo têm tábuas atuariais oficiais, sendo que apenas 10 possuem tabelas genuinamente nacionais (G7, Nova Zelândia, Austrália e Japão).

A nova tábua brasileira remete aos dados fornecidos pelos segurados dos anos de 2004, 2005 e 2006. A previsão é que em 2015 ela passe por uma atualização.