Fechar os shoppings de SP não é a melhor saída

A Fecomercio solicitou uma audiência pública com a prefeitura de São Paulo por acreditar que as punições que tratam dos fechamentos dos shoppings são severas
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) enviou um ofício ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, solicitando uma audiência pública para tratar dos interesses dos lojistas de shopping centers, que ficarão prejudicados com o fechamento dos shoppings na capital paulista.

A iniciativa se deve ao estopim da briga entre a prefeitura e o shopping Pátio Higienópolis, que no último dia 16 recebeu uma notificação dizendo que o centro de compras poderá ser fechado no prazo máximo de 10 dias (a partir da data citada), caso não seja entregue um novo documento de solicitação de alvará, já que o anterior foi cassado pela prefeitura por conta das irregularidades no estacionamento.

A Fecomercio-SP até entende que deve, sim, haver uma fiscalização nos centros comerciais, além da punição quando necessária. Mas com o fechamento dos centros de compras ela alega também um prejuízo que se estenderá aos empregadores e empregados. “A sociedade e a administração pública sofrerão com essa medida”, informa em nota.

Tudo porque, além dos shoppings serem considerados grandes centros comerciais para a cultura local, eles oferecem maior praticidade ao consumidor, que encontra produtos e serviços de diversos gêneros em um só lugar; impulsionam a economia local e consequentemente geram empregos e incrementam a arrecadação pública por meio do pagamento de impostos.

Por essas razões, a Fecomercio-SP acredita que “eventuais medidas punitivas drásticas adotadas pela municipalidade irão impactar diretamente empregadores e trabalhadores, bem como punir os paulistanos de forma severa, haja vista que as infrações, majoritariamente, estão ligadas ao número de vagas nos estacionamentos”. E como proposta, a instituição sugere um debate, por meio de audiência pública, com foco nos avanços da questão sem necessariamente prejudicar a cidade e os munícipes.