Exposição “Oceanos” retrata beleza e luta pela preservação na Antártica

Aquecimento global, pesca predatória, falta de ordenamento costeiro e diminuição da biodiversidade são graves ameaças aos oceanos. Atualmente, menos de 1% da área marinha do planeta é classificada como protegida, quando o ideal seria 40%. E metade do oxigênio necessário à vida na Terra vem dos mares – reguladores do clima, chuvas, vento, fonte de alimento e renda para milhões de pessoas.
Em perseguição pacifista a navios baleeiros do Japão, a organização global Greenpeace realizou na Antártica a expedição “Trilha das Grandes Baleias”, entre outubro de 2007 e fevereiro de 2008. De acordo com o Greenpeace, todos os anos essa atividade no continente é justificada com argumentos de pesquisa científica, mas trata-se de uma “caça” comercial, apesar da proibição em vigor desde 1986.
Ao seguir esta frota baleeira, o Greenpeace não só impediu a caça de mais de cem baleias, como demonstrou ser possível realizar pesquisa não-letal e estudar esses animais sem atirar nenhum arpão. A viagem também expôs outras ameaças à vida marinha e indicou soluções globais para a preservação dos oceanos.

Resultado desta expedição, a mostra “Oceanos” vai além de propor contato com a beleza dos mares e instiga, ao mesmo tempo, a reflexão sobre a importância da vida marinha para a sobrevivência do planeta. A exposição reúne painéis fotográficos, que mesclam paisagens marinhas, registros de espécies que habitam os mares da Antártica e cenas da histórica perseguição aos navios baleeiros, entre outras imagens contundentes ou de rara beleza.

Para completar, uma instalação inflável de 15 metros de comprimento reproduz a baleia jubarte, espécie que vem sendo rastreada no Pacífico Sul pelo Greenpeace, em colaboração com as organizações internacionais. Voluntários do Greenpeace estarão no local da exposição para disponibilizar mais informações aos interessados.