Os pequenos e médios empresários nunca estiveram tão confiantes. Segundo um levantamento realizado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), em parceria com o Santander, o índice de confiança dos empresários para o segundo trimestre de 2010 atingiu 74,9 pontos, em uma escala de zero a cem. É o maior valor deste o lançamento do indicador, em 2008. Entre os componentes do IC-PMN (Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios), a expectativa em relação ao faturamento das empresas registrou o melhor desempenho, com 78,8 pontos. Em seguida está a expectativa em relação ao ramo de atividade, com 77,3 pontos, e o crescimento dos lucros, com 75,9 pontos.
Já a previsão de novas contratações registrou o menor valor (69,4 pontos), mas teve uma das maiores variações em relação ao indicador divulgado em dezembro do ano passado, que apontava as previsões para o primeiro trimestre deste ano (ganho de 5,99 pontos). A maior expansão foi registrada em relação à economia: de 68,1 pontos em dezembro subiu para 75,6, variação de 7,48 pontos.
Na análise por segmento da economia, a confiança do pequeno e médio industrial registrou 74 pontos, alta de 6,86% em comparação ao índice apontado em dezembro. Os setores de Comércio e Serviços tiveram expansão de 9,25% e 8,45%, respectivamente, ante o mesmo período de 2009.
Em relação às regiões do País, o Norte segue com o maior resultado, com 79,3 pontos, alta de 15% em relação a dezembro do ano passado. Em seguida está o Centro-Oeste, com 76,6 pontos (+11,19%), e Nordeste, com 75,7 pontos (+9,98%). A região Sudeste apresentou 74,5 pontos, e a Sul 74 pontos, alta de 8,1% e 7,42%, respectivamente.
“Os números do mercado já mostram a retomada do ritmo de crescimento da economia no Brasil e, como comprova o IC-PMN, a expectativa do pequeno e médio empresário acompanha este ânimo”, afirma o coordenador do Centro de Pesquisas em Estratégia do Insper, Danny Claro. Participaram do estudo 1,2 mil empresários das cinco regiões do País e de três ramos de atividade (comércio, serviços e indústria). Fazem parte da amostra empresas que faturam até R$ 30 milhões por ano.

