Sair do supermercado com um laptop na sacola já faz parte da realidade dos brasileiros. Pesquisas indicam não só o aumento nas compras de computadores portáteis como o crescimento na participação dos hipermercados e das lojas de departamento nas vendas.
De janeiro a março de 2010, o número de máquinas vendidas no país subiu cerca de 40% na comparação com igual período do ano passado. Os computadores portáteis detêm fatia de 39% do total. Em 2009, a média foi de 34,5%. Segundo dados da consultoria IDC, foram vendidos 2,9 milhões de computadores (portáteis e de mesa) no primeiro trimestre deste ano. O volume elevou a expectativa até dezembro, de 12,8 milhões de unidades para 13,2 milhões. De acordo com o analista da IDC, Luciano Crippa, o crescimento deve-se principalmente ao bom momento econômico do país, uma vez que as vendas para empresas cresceram 30% na comparação entre os primeiros trimestres de 2010 e de 2009.
O levantamento Retail and Technology Brasil, da GfK, aponta para uma nova tendência: a consolidação da presença dos PCs nas prateleiras de supermercados e grandes varejistas. Nos três primeiros meses do ano, a participação dos hipermercados e das lojas de departamento chegou a 23%, o segmento de maior crescimento na comparação com o mesmo trimestre de 2009.
Segundo o analista da consultoria GfK, Alex Ivanov, esse tipo de varejo ganha participação principalmente em cima das lojas especializadas em informática, que diminuem de importância porque os computadores montados a pedido do cliente perdem espaço. A situação reflete o esforço dos fabricantes para diversificar a clientela.
Aliado aos preços mais acessíveis, o poder de negociação das redes de hipermercados vem garantindo o aumento da comercialização dos computadores portáteis nas lojas. A queda no preço do produto é um fato concreto desde 2004. Nesses últimos seis anos, a redução foi de cerca de 50%, de acordo com o diretor de pesquisas da ITData consultoria, Ivair Rodrigues.

