O Brasil subiu duas posições no ranking de competitividade, ocupando agora o 38º lugar, segundo um estudo desenvolvido pelo International Institute for Management Development (IMD) em parceria com a Fundação Dom Cabral, que analisou 58 países. A classificação é baseada em pesquisas com 331 indicadores quantitativos e qualitativos, agrupados em quatro fatores de competitividade: desenvolvimento econômico, eficiência governamental, eficiência de negócios e infraestrutura.
Na categoria eficiência em negócios, o País subiu três posições, passando para o 24º lugar, além de se destacar em 8º lugar devido seu PIB (Produto Interno Bruto), estimado em US$ 1,57 trilhão. “O Brasil manteve a sua capacidade competitiva, alavancada principalmente pelos avanços na produtividade empresarial e na geração do emprego sendo que o País, apesar de ter tido um declínio no crescimento do PIB em 2009”, explicou o professor da Fundação e responsável pela captação dos dados brasileiros, Carlos Arruda.
Já na categoria de infraestrutura, o Brasil desceu três posições, voltando a ocupar o 49º lugar . Na área de saúde, também caiu três posições, ocupando o 40º lugar, e, na área de educação, recuou duas posições, para o 53º. Arruda afirmou que o Brasil investe pouco em educação básica, cerca de US$ 1 mil por aluno, o que equivale a metade do que é investido na Argentina, Chile e México. Esses países investem seis vezes menos se comparado aos países da Europa.
No quesito eficiência governamental e política fiscal, o Brasil ocupa a 52ª e a 29ª colocações, respectivamente.
Os Estados Unidos, pela primeira vez, perderam a primeira colocação do ranking. O país está atrás de Singapura. Em terceiro lugar aparece Hong Kong. Nas últimas posições estão Venezuela, Croácia e Argentina.
Países como África do Sul, México e Rússia ficaram atrás do Brasil, que demonstrou resistência frente à crise econômica, ao contrário dos países europeus que foram, de modo geral, os que mais perderam posições no relatório deste ano.
O levantamento também indicou preocupação com a perda de posições referentes à retração de multinacionais brasileiras e ao baixo nível de investimentos estrangeiros no Brasil em 2009.
“Para os próximos anos, prevemos ciclos de ganhos de posição da competitividade brasileira, mas, para que este círculo virtuoso se mantenha, é preciso que o Brasil continue ganhando competitividade, é fundamental que o governo, as empresas e a sociedade sustentem seus compromissos com o longo prazo, com os investimentos na capacidade produtiva, na infraestrutura e na educação”, disse Chagas.

