Um estudo da A.T. Kearney divulgado em junho de 2012 revelou que o Brasil é o melhor País do mundo para se investir quando o assunto é o mercado varejista. A pesquisa considerou 30 nações em desenvolvimento para expansão do varejo global.
De acordo com o Índice de Desenvolvimento do Varejo Global 2012 – 2012 (Global Retail Development Index), o País alcançou a primeira posição do ranking pelo segundo ano consecutivo por conta, principalmente, do desenvolvimento econômico da classe média.
“O crescimento da classe média brasileira continua a impulsionar o desenvolvimento do setor de varejo, gerando oportunidades para as empresas aqui já estabelecidas e interessadas em novos investimentos locais”, diz o sócio da A.T. Kearney e líder da prática de Varejo e Bens de Consumo na América Latina, Esteban Bowles.
E os números comprovam o fato. Segundo os dados apurados pelo levantamento, a receita per capta do setor varejista no Brasil tem crescido a uma taxa de 12% a.a. nos últimos quatro anos e alcançou o patamar de US$ 5,548 – o terceiro maior entre os países classificados no GRDI.
Além disso, apenas no último ano, o tamanho do mercado varejista aumentou 15% e os gastos com consumo cresceram a uma taxa de 9% a.a. desde 2007. Já as vendas do varejo totalizaram 70% dos gastos com consumo no Brasil.
Com isso, o Páis atraiu também investidores internacionais. “As altas taxas de consumo, a urbanização e a redução do risco político e financeiro também favoreceram o Brasil, que passou a ser procurado também por investidores internacionais”, informa o estudo.
E as novidades do ranking não param por aí. Ao que parece, as empresas líderes nos setores de supermercados, farmácias e eletrônicos do País estão consolidando suas operações em busca de expansão, e o setor de moda acompanha o crescimento dos centros comerciais brasileiros.
“Em 2012 contaremos com mais de 40 novos shoppings”, diz Bowles.
O ranking classificou ainda o Chile e a China entre os melhores para se investir. As nações receberam a segunda e a terceira posição, respectivamente.
Para quem não sabe, hoje o Chile tem um dos mercados varejistas mais sofisticados e competitivos da América Latina, além de uma baixa inflação e um risco país basicamente igual ao de países desenvolvidos como Estados Unidos e Reino Unido.
Já a China é considerada por muitos como o maior mercado de artigos de luxo, com vendas de US$12 bilhões em 2011. “O crescimento do varejo na China se mantém positivo, com crescimento anual esperado de vendas de dois dígitos. Entretanto, a pressão inflacionária impulsiona os aluguéis em 30% a.a.”, concluí a pesquisa.
