BOLETIM ECONÔMICO SEMANAL

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Os destaques econômicos da semana são:

  • Mercado revisou para baixo as expectativas de inflação e juros. Por outro lado, o crescimento do PIB teve ajuse para cima.

De acordo com o Relatório Focus do Banco Central, com dados coletados até 22 de setembro, espera-se que o IPCA de 2017 tenha alta de 2,97% e para 2018 de 4,08%.

Já a mediana de projeções para o PIB ficaram em 0,68% em 2017 e para 2,3% em 2018.

A taxa de câmbio deve encerrar 2017 em R$/US$ 3,16 e ficar estável em R$/US$ 3,30 em 2018.

  • Dados fiscais e do mercado de trabalho serão o foco no cenário doméstico. No exterior, as atenções estarão voltadas para os dados de inflação.

Nessa semana, haverá a divulgação primária do resultado da dívida públia em agosto. Espera-se um déficit primário em torno de R$ 20 bilhões. O BNDES deverá intervir positivamente na razão dívida/PIB pois devolverá recursos ao Tesouro.

A semana também contemplará adivulgação da taxa de desemprego e a sondagen da FGV a diversos setrores da economia.

Na agenda internacional, veremos a divulgação dos dados de bens duráveis de setembro e inflação de agosto dos EUA. Ambos devem reforçar o cenário de bom ritmo de crescimento, com inflação comportada. A Área do Euro e o Japão também divulgarão a inflação.

Crescimento do Comércio

O Boa Vista SCPC apurou, via Indicador Movimento do Comércio, uma alta de 2,2% no desempenho das vendas em agosto, em comparação com o mês de julho. Na avaliação acumulada em 12 meses (setembro de 2016 até agosto de 2017 frente ao mesmo período do ano anterior) houve queda de 2,7% frente aos 12 meses, aumentando 0,1 p.p. com relação aos valores obtidos em julho, mantida a base de comparação. Já na avaliação contra agosto do ano passado, houve aumento de 1,9%.

O relatório afirma que desde novembro passado, o indicador do varejo vem se recuperando gradualmente, quando observada a medição acumulada em 12 meses. Acredita-se que as próximas medições sejam ainda mais otimistas, em reação positiva a redução de juros, a melhoria dos níveis de renda e à continuidade da redução do nível de preços.

A confiança da micro e pequena empresa também registrou crescimento de 2,1 pontos em julho, segundo informações do Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa, realizados pelo SPC Brasil em parceria com a CNDL.

Já na comparação com julho do ano passado, a alta é de 4,3 pontos percentuais – naquele mês o índice estava em 44,7 pontos. Apesar da leve alta observada no período, a confiança do micro e pequeno empresário dos ramos do comércio e serviços segue em baixo patamar. O indicador varia de zero a 100, sendo que, acima de 50 pontos, reflete confiança desses empresários e, abaixo dos 50 pontos, reflete desconfiança com os negócios e com a economia.

Mesmo com essa melhora, 59% dos micro e pequenos empresários acreditam que a economia piorou nos últimos 6 meses.

Tendencias de Mercado

Os mercados acionários iniciaram a semana em baixa e ainda absorvem as notícias do cenário político, como a vitória de Angela Merkel na Alemanha e a convocação antecipada de eleições legislativas no Japão. No mercado de divisas, o dólar ganha valor ante as principais moedas.

As cotações das principais commodities agrícolas recuam enquanto os peços dos metais industriais se recuperam. A cotação do petróleo apresenta leve alta após a reunião da Opep, realizada na sexta-feira 22.

Fique de olho

De acordo com o economista Roberto Indech, é necessário ficar atento aos acontecimentos da semana, que deve acompanhar o recebimento na Câmara da denúncia contra o presidente Temer. Além disso, a agenda de quarta-feira concentra as atenções, pois é quando o governo dará a largada a uma série de leilões bilionários, a começar pela venda de quatro usinas hidrelétricas da estatal mineira Cemig além de um conjunto de 29 áreas para exploração de óleo e gás em mar e em terra.

No mesmo dia, o governo quer colocar em votação a Medida Provisória do Refis (parcelamento de débitos tributários) na Câmara.