Boletim Econômico – 07 a 11 de maio

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As perspectivas sobre as vendas para o Dia das Mães, uma das datas mais importantes para o varejo, dominam os boletins econômicos da semana. Diversos institutos e associações divulgaram suas projeções para a data, comemorada esse ano no dia 13 de maio.

A Abrasce – Associação Brasileira de Shopping Centers – mostra o otimismo do setor. Segundo levantamento realizado por eles, 65% dos respondentes esperam um crescimento em vendas de até 20%; e 28,75% de até 5%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre as categorias de produtos, vestuário é a que mais se espera um crescimento nas vendas com 46,91% das respostas, seguida por calçados (16,05%) e perfumaria (12,35%).

Em relação ao ticket médio, os resultados se dividem entre 47,56% que acreditam que o valor gasto no presente de dia das mães será entre R$ 50,00 e R$ 150,00, e outros 47,56% que acreditam que será acima de R$ 150,00.

Segundo a pesquisa, 68,29% dos shoppings investiram em promoções, 21,95% em anúncios em redes sociais, e 9,76% em outras ações, como eventos e experiências. Entre o índice de promoções, 46,25% farão compre e ganhe, 40% sorteios e 13,75% ações com experiências.

Na medição regional, entre os participantes da pesquisa, 54,88% dos shoppings são da região Sudeste, 16,47% do Sul, 15,29% do Nordeste, 8,54% do Centro-Oeste e 4,82% da região Norte. Desse total, 65,85% ficam na capital e 34,15% no interior dos estados.

Injeção de recursos na economia

Estudo do SPC Brasil e CNDL aponta que 111,5 milhões de pessoas devem realizar pelo menos uma compra no período. Isso representa a injeção de R$ 17 bilhões nos setores do comércio e serviços.

Embora o percentual de consumidores que devem ir às compras seja elevado, a maior parte dos compradores está receosa para aumentar gastos na comparação com o ano passado, procurando manter o orçamento livre de dívidas. Cerca de 19% dos consumidores entrevistados disseram que têm a intenção de desembolsar mais com os presentes. A maior parte, no entanto (36%), planeja gastar a mesma quantia que em 2017, enquanto 18% pensam em diminuir.

Entre os que pretendem gastar mais, as principais razões são comprar um presente melhor (58%), estar com uma renda melhor este ano (33%) e por acreditar que os presentes estão mais caros (29%). Já entre os que pretendem gastar menos, o fato de estar com o orçamento apertado (48%), querer economizar (27%) e estar desempregado (26%) são os principais motivos.

O índice sugere que o ticket médio das compras realizadas no varejo será de R$ 153. 53% dos entrevistados afirmam que farão o pagamento em dinheiro, enquanto 24% revela pagar com cartão de crédito.

O shopping centers têm a preferência de 36% dos consumidores para realizar as compras.

Destaques da Semana

– Atenções do mercado estarão voltadas para os resultados do IPCA e do comércio varejista, enquanto o foco internacional estará no dado de inflação dos Estados Unidos

No Brasil, teremos nesta semana dados de inflação referentes a abril. Estimamos variação de 0,64% para o IGP-DI (terça-feira). Para o IPCA, que será conhecido na quinta-feira, esperamos alta de 0,27%, com núcleos comportados e uma leitura compatível com nosso cenário benigno de inflação para o ano. No que tange à atividade econômica, a Anfavea divulgará hoje os dados de produção e de vendas de veículos do mês passado, que podem apontar resultados mais fortes, em linha com o reportado pela Fenabrave na semana passada.

Para a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), estimamos alta de 0,7% do volume de vendas do varejo, na passagem de fevereiro para março, indicando que a recuperação do consumo das famílias segue em curso. Na agenda internacional, o destaque ficará por conta do índice de preços ao consumidor dos EUA, na quinta-feira. Em função de efeito base e da valorização observada na cotação do petróleo, o indicador deverá continuar apontando para uma taxa acima da meta do Fed (de 2,0%), compatível com nosso cenário de mais três altas de juros em 2018. No mesmo dia, o Banco Central do Reino Unido deverá manter a taxa básica de juros inalterada, em linha com os dados recentes mais moderados de atividade e de inflação.