Produtos falsificados podem gerar perdas de R$ 800 bi ao ano

A falsificação de produtos esportivos é um problema que poderá aumentar a preocupação dos comerciantes em ano de Copa do Mundo. Nesse período, as vendas de artigos piratas crescem e lojistas sofrem com a concorrência desleal. Os campeões da pirataria são camisas, tênis, bonés e óculos. O Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP) estima que as perdas em todo o mundo cheguem a R$ 800 bilhões anualmente.

Rafael Belline, secretário-executivo da instituição, afirma que os maiores prejuízos são para os empresários legalizados e para a própria população: “Um grande problema é a sonegação de impostos. O governo deixa de arrecadar com a pirataria”, afirma. Belline comenta que os preços muito reduzidos dos produtos falsificados provocam concorrência desleal. “Quem é legalizado e arca com todos os custos e todos os impostos fica prejudicado. A pirataria vai minando quem trabalha na legalidade”, diz o secretário-executivo.

A carga fiscal é grande sobre produtos licenciados. Em alguns casos, os impostos passam de 50% do valor do artigo. Para o consumidor não ser enganado nas lojas que vendem produtos piratas como se fossem originais, Belline aconselha a exigir sempre a nota fiscal. “A nota fiscal é a garantia da legalidade do produto que você está levando”, afirma.

Segundo o FNCP, a pirataria só pode ser combatida de forma coordenada. União entre governos, organizações marcas e vendedores autorizados é fundamental para coibir esse crime. Para denunciar irregularidades, o consumidor deve acessar o site www.forumcontrapirataria.org e clicar no link “Clique-Denúncia”.