As pessoas físicas têm recorrido cada vez mais às compras em “atacarejos” – lojas que atendem tanto o atacado quanto o varejo -, revelaram dados da Nielsen, divulgados em parceria com a Associação Brasileira de Atacadista e Distribuidores (Abad).
De acordo com os dados, no modelo “cash and carry”, como é conhecido o “atacarejo”, a representatividade das pessoas físicas passou de 17% para 22% entre 2008 e 2009, o que mostra o maior interesse por esse tipo de estabelecimento.
Com a preferência dos consumidores, o atacado registrou crescimento de R$ 11 bilhões em seu faturamento entre 2008 e 2009, ao atingir R$ 131,8 bilhões no último ano, o equivalente a cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB).
No ano passado, mesmo marcado pelo crise, o segmento atacadista distribuidor apresentou alta nominal de 9,2%, sendo que a participação do atacado nas vendas tem sido mantida em 50% nos últimos cinco anos.
Um dos fatores que contribuíram para esse bom resultado foi certamente o aumento do poder de compra da classe C, que também representa hoje a maior fatia da renda nacional e é composta por 91 milhões de pessoas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Mas é inegável que o crescimento decorre também da atuação proativa das empresas do segmento, que mesmo durante a crise confiaram na solidez do mercado de consumo nacional e não interromperam os investimentos, seja em renovação da frota, tecnologia ou no aperfeiçoamento de suas relações com o varejo independente, seu principal cliente”, disse o presidente da Abad, Carlos Eduardo Severini.

