O brasileiro ficou em abril menos otimista em relação ao endividamento futuro, de acordo com o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado nesta sexta-feira (07/05) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice que mede o endividamento atingiu 106,6 pontos no mês passado. Na comparação com o mês de março, quando o índice registrou 111,8 pontos, houve queda de 4,6%. Uma pontuação acima de 100 significa otimismo e, abaixo, pessimismo.
Questionados sobre qual a expectativa para os próximos meses, em relação ao seu próprio endividamento, 42% dos consumidores afirmaram que terão o mesmo número de dívidas dos últimos três meses. Na análise por renda, 31% dos consumidores que recebem até um salário mínimo declararam que estarão mais ou muito mais endividados nos próximos três meses, liderando as perspectivas pessimistas. Na outra ponta, apenas 9% dos entrevistados com renda acima de 10 de salários deu as mesmas respostas.
Quando se comparam homens e mulheres, 29% delas dizem que ficarão mais ou muito mais endividadas, contra 23% deles. Em contrapartida, 28% das consumidoras consultadas afirmam o contrário: que estarão menos ou muito menos endividados. Entre os homens, o índice atinge 38%. Por faixa etária, consumidores entre 30 e 39 anos apresentam o maior índice entre aqueles que se declaram mais ou muito endividados, com 27% das respostas.
O Inec é elaborado a partir de pesquisa de opinião pública de abrangência nacional, conduzida pelo Ibope com 2.002 pessoas. A pesquisa tem periodicidade mensal e foi realizada entre os dias 16 e 20 de abril, para esta última edição.

