United Airlines e Continental criam maior empresa aérea do mundo

Os conselhos de administração das companhias aéreas americanas United Airlines e Continental aprovaram sua fusão nesta segunda-feira (03/05), em uma operação avaliada em mais de R$ 5,2 bilhões (US$ 3 bilhões) e que criará a maior companhia aérea do mundo. A decisão foi apresentada em um comunicado divulgado no site da United. Juntas, as duas empresas vão atender mais de 144 milhões de passageiros por ano, com 370 destinos para 59 países. O grupo resultante da fusão será quase 8% maior que a também americana Delta Air Lines em tráfego – medido pelo número de milhas percorridas por passageiros pagantes no mundo todo.

As duas empresas já haviam tentando em 2008, sem sucesso, uma operação similar. Essas negociações entre United e Continental não chegaram a se concretizar diante da decisão da Continental de continuar sozinha ao considerar os riscos do cenário econômico de então – naquele ano a economia global caiu em recessão, atingida pela crise financeira que começou com a quebra do banco americano Lehman Brothers. Apenas recentemente algumas das principais economias mundiais começaram a se recuperar, mas algumas ainda estão com problemas graves, como a Grécia – que recorreu a um pacote de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (UE).

Atualmente, o setor aéreo vive uma tendência de consolidação – ou seja, o mercado passará a ter grandes grupos, formados por fusões, em vez de muitas empresas com alcance mais limitado – para reduzir custos e capacidade, aumentar a competitividade e enfrentar melhor a crescente concorrência e a guerra de preços.

Na semana passada, a United apresentou, assim como outras companhias aéreas, seus resultados empresariais do primeiro trimestre do ano, quando conseguiu reduzir perdas e confirmou que o setor começa a se recuperar da recessão econômica e que pode retomar seu processo de integração através de fusões. No primeiro trimestre de 2010, a United reduziu suas perdas em 78,5%, até US$ 82 milhões (US$ 0,49 por ação), graças em grande parte à recuperação do transporte de passageiros.