O número de cheques pré-datados aumentou 0,97% em março deste ano, na comparação com o mês anterior, revela estudo da TeleCheque, divulgado nesta segunda-feira (26/04). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, porém, houve queda de 1,26%. O volume de cheques pré-datados emitidos no terceiro mês do ano alcançou 79,29% do total dos pagamentos feitos com cheques realizados no período.
Para o vice-presidente da TeleCheque, José Antônio Praxedes Neto, a queda verificada na análise anual é justificável. “Como o mercado está mais estabilizado e com mais poder aquisitivo, uma parte das compras, principalmente de valores mais baixos, está sendo adquirida à vista”, considerou, por meio de nota. A entidade estima que, para os próximos meses, o percentual de compras realizadas com pré-datados fique em 81% do total de cheques emitidos. Para Praxedes Neto, a previsão deve-se ao fato de que o pré-datado é um dos principais instrumentos de crédito no País.
Ele explica que, por isso, o pré-datado “sofre influência direta das medidas que vêm sendo adotadas pelo Banco Central, visando a contenção de consumo – como o aumento da Selic – já que o relacionamento do crédito nesta modalidade, em sua maioria, é feito diretamente entre lojista e consumidor”. Praxedes acredita que o aumento do volume de cheques pré-datados emitidos é reflexo de estratégias lançadas pelos varejistas. “Este movimento tem tido um bom resultado, já que, desde janeiro de 2010, o uso de pré-datado está em crescente evolução”.
Em março, os maiores índices de cheques pré-datados foram verificados em Pernambuco (89,13%), Rio Grande do Norte (87,68%), Sergipe (85,67%), Goiás (85,22%) e Maranhão (85,19%).
Considerando os segmentos, o setor de Calçados foi o que mais recebeu pré-datados – do total de cheques emitidos, 89,03% eram pré-datados. No segundo lugar do ranking ficou o segmento de Móveis e Decoração (87,43%) e Supermercados (86,50%).

