O mercado de tecnologia deve investir 5,1% a mais este ano na América Latina, segundo estudo divulgado ontem pela International Data Corporation (IDC). O crescimento, no entanto, ocorre sobre um cenário de queda provocada pelos reflexos da crise mundial, que retraiu os gastos das empresas em 7,5%. O estudo trimestral realizado pela IDC -Worldwide Black Book- aponta também a que na América Latina a queda dos gastos na área de tecnologia foi ainda maior no ano passado, chegando a 9%. Segundo o estudo, “o principal motivo foi a diminuição dos investimentos feitos por México e Brasil, que em conjunto representam pouco mais de 65% do total empregado na região”.
O aumento dos investimentos na região, aponta a IDC, deve vir da reativação de projetos de TI que ficaram parados em 2009 e das boas expectativas de consumo em massa em 2010. No Brasil, por exemplo, a classe C alcançou a marca de 49% da população e deve ter um poder de compra mais significativo nos próximos anos.
O único país da região que, ao invés de aumento, espera uma contração, de 3%, é a Venezuela. “O crescimento no ano de 2010 na América Latina será impulsionado principalmente por uma reativação da demanda de hardware e serviços”, afirma Matías Berardi, gerente de investigação e consultoria da IDC América Latina, em nota divulgada pela International Data Corporation. Os investimentos em hardware representaram cerca de 57,4%, valor 3,7% menor do que o de 2008. Por outro lado, os mercados de software e serviços chegaram a 14,9% e 27,7%, números que representam um aumento de 8,6% e 4,6% respectivamente.
RIM
A Research In Motion (RIM), fabricante do celular BlackBerry, deve fechar o primeiro trimestre fiscal de 2011 – entre março e maio de 2010 – com um faturamento de US$ 4,45 bilhões. A empresa norte-americana que fabrica o aparelho mais vendido nos EUA divulgou seus resultados globais e percebeu aumento de 35% em relação a 2009. O faturamento da companhia no ano fiscal de 2010 – que terminou no mês de fevereiro – foi de US$ 14,95 bilhões. As adições líquidas de assinantes dos serviços da empresa chegaram a 17 milhões no ano passado, fechando o ano com uma base de 41 milhões de assinantes.

