Telefônica quer atuar como operadora móvel

No momento em que a operadora móvel Vivo está perto de ser integrada à Portugal Telecom, tirando da Telefónica sua única empresa de telefonia móvel no Brasil, o presidente da Telefônica no País, Antônio Carlos Valente, quer que a empresa tenha o direito de atuar como operadora móvel virtual, com a sua marca, dentro do modelo Mobile Virtual Network Operator (MVNO), e que a Vivo, operadora móvel controlada por Telefônica e Portugal Telecom, possa lhe fornecer os serviços de uso da sua rede.

Ele informou que a Telefônica mandou contribuição nesse sentido à consulta pública à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre a regulação de MVNO, que terminou nesta segunda-feira. A proposta original da Anatel não permite às operadoras tradicionais fixas usar a rede de suas coligadas para funcionar como operadoras móveis virtuais. Valente pediu à Anatel que “olhe na totalidade essa possibilidade”.

Valente argumentou ainda que “precisa ter no Brasil aplicação eficiente do espectro”. Com o modelo MVNO, a operadora virtual não precisaria ter uma nova faixa de espectro, apenas pagar pelo uso do espectro de outra empresa. O executivo afirmou também que a Telefônica vai colaborar com a Oi para que a infraestrutura de telecomunicações da Copa do Mundo de 2014 seja bem-sucedida. A Oi vai fornecer infraestrutura de telecomunicações às 12 cidades-sede da Copa de 2014.

O governo pode usar redes de fibra ótica de estatais que controla, como Eletrobrás e Petrobras, para o plano de banda larga, e não necessariamente a da Eletronet, empresa que está falida e envolvida em controvérsias judiciais, de acordo com o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Roberto Pinto Martins. “Não precisam ser da Eletronet. A fibra ótica de qualquer empresa controlada pelo governo pode ser usada”, disse o secretário.