O índice de confiança dos industriais brasileiros na economia do país subiu para 115,8 pontos em fevereiro, o maior patamar registrado desde dezembro de 2007 (116 pontos), segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV). No segundo mês do ano, o chamado Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 3,2 pontos em relação a janeiro (113,6) e 39,6 pontos frente ao mesmo mês de 2009 (76,2), quando os industriais ainda temiam os efeitos da crise mundial.
Além de ter alcançado seu maior nível em 26 meses e de ter subido por 13 meses consecutivos, o índice de fevereiro foi o terceiro mais alto desde que as medições começaram, em 1995. O ICI mede a confiança dos industriais brasileiros na situação atual da economia e sua expectativa em relação aos próximos seis meses. A escala de pontuação do indicador vai até 200. A leitura do índice é considerada positiva que ele fica acima dos cem pontos. Segundo a FGV, o grau de otimismo dos empresários em fevereiro se refletiu tanto nas previsões favoráveis em torno da contratação de novos trabalhadores como em suas perspectivas de negócios para os próximos seis meses.
O chamado Índice da Situação Atual, que mede a opinião dos industriais em torno da conjuntura, subiu de 112,6 pontos em janeiro para 113,4 pontos em fevereiro, ao passo que o Índice de Expectativas, que reflete as perspectivas para dentro de seis meses, passou de 114,5 para 118,3 pontos, seu maior nível histórico.
Segundo a FGV, fevereiro foi o sexto mês consecutivo em que o Índice de Expectativas superou o Índice de Situação Atual, o que reflete o otimismo dos industriais em relação ao futuro. Das 1.056 empresas consultadas para a pesquisa, 31,3% disseram que pretendem contratar novos trabalhadores nos próximos três meses e só 3% preveem demissões. Em janeiro, essas porcentagens eram de 26,5% e 5,7%, respectivamente.