Boletim Econômico – 20 a 24 de novembro

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O saldo de empregos formais no Brasil atingiu o melhor resultado deste ano, com a abertura de 76.599 novas vagas no mês de outubro. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta segunda-feira (20) pelo Ministério do Trabalho (MTb), foram registradas 1.187.819 admissões e 1.111.220 demissões no mês passado.

Este foi o oitavo saldo positivo de 2017 e o sétimo consecutivo no ano, elevando o acumulado desde janeiro para 302.189 novos postos de trabalho. Também foi o melhor resultado do mês de outubro desde 2013.

O crescimento do mercado formal em outubro foi puxado por três setores – Comércio, Indústria da Transformação e Serviços. “São setores que já vinham registrando números positivos. O crescimento destacado do Comércio já reflete, também, o otimismo e o aumento da produção da Indústria verificados em meses anteriores”, lembrou o ministro Ronaldo Nogueira.

O varejo contribuiu com 30.183 novos postos – alta de 0,42% em relação a setembro.

– Avanço nas vendas do varejo

As vendas reais do comércio varejista restrito cresceram 0,5% na passagem de agosto para setembro, de acordo com o IBGE. O resultado ficou acima da mediana das projeções do mercado, que apontava para uma alta de 0,3%. Na comparação interanual, as vendas cresceram 6,4%, intensificando a tendência de recuperação da demanda do setor. A receita nominal avançou 1,1% ante agosto, ainda considerando a série com ajustes sazonais

– Expectativas

O mercado corrigiu ligeiramente suas estimativas para a inflação e o PIB de 2018 e alterou suas perspectivas para a taxa de câmbio no final de 2017, segundo estimativas coletadas até o dia 17 de novembro e divulgadas há pouco pelo Relatório Focus do Banco Central. A mediana das expectativas para o IPCA deste ano permaneceu em 3,09% e a de 2018 passou de 4,04% para 4,03%. Já a mediana das expectativas para o crescimento do PIB permaneceu em 0,73% para este ano e foi de 2,50% para 2,51% para 2018. As expectativas para a mediana da taxa Selic mais uma vez não se alteraram, permanecendo em 7,0% para ambos os anos. Por fim, as projeções medianas para a taxa de câmbio para o final deste ano foram corrigidas de R$/US$ 3,20 para R$/US$ 3,25 para este ano, e se mantiveram em R$/US$ 3,30 para o próximo ano, respectivamente.

– Tendências de Mercado

Os mercados acionários iniciaram a semana sem tendência única. As bolsas asiáticas fecharam o pregão com ganhos, com exceção de Tóquio, que registrou queda de 0,6%. As bolsas europeias operam em baixa, com o impasse para a formação de uma coalisão na Alemanha mais de um mês após as eleições, depois de um dos partidos anunciar que não integrará coalisão. Os índices futuros dos Estados Unidos, por sua vez, sinalizam que as bolsas americanas devem iniciar o dia no campo negativo. No mercado de divisas, a libra registra valorização ante as principais moedas refletindo notícias de que o país estaria preparando uma oferta financeira melhor para a próxima rodada de negociações do Brexit com a União Europeia. Já o euro e o iene apresentam pequena variação em relação ao dólar.

No mercado de commodities, as cotações do petróleo estão próximas à estabilidade, com o mercado aguardando a reunião da Opep no fim deste mês, na qual será definido se haverá extensão dos acordos de desaceleração da produção. As cotações das principais commodities agrícolas sobem, com exceção do milho e do trigo. Já os metais industriais, por outro lado, são cotados em queda.

– Confiança do Consumidor cresce 2,14% em outubro

De acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o nível de confiança do consumidor brasileiro com a economia e com as próprias finanças. Porém, 8 em cada 10 brasileiros ainda vêem a economia brasileira em más condições.