Boletim Econômico – 23 a 27 de Outubro

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De acordo com o Indicador Movimeno do Comércio, tabulado pela Boa Vista SCPC, o desempenho de vendas no varejo em todo o Brasil subiu 1,5% em setembro, em comparação com o mês de agosto.

No acumulado em 12 meses, houve queda de 2,1%. Porém, em relação a setembro de 2016, houve aumento de 5,55 nas vendas. Esse indicador mostra que o coméricio está se recuperando desde novembro 2016. Esse crescimento se dá pela mudança de cenário, que inclui redução de juros, expansão do crédito, melhoria dos níveis de renda, diminuição do desemprego entre outras variáveis, espera-se que esta tendência se mantenha crescente pelos próximos meses, retomando patamares positivos das vendas varejistas. O setor de "Móveis e Eletrodomésticos" teve o melhor desempenho entre as categorias avaliadas, apresentando alta de 2,8% (descontados os efeitos sazonais).

Copom deve reduzir juros para 7,5% e sinalizar diminuição do ritmo de corte

Na agenda doméstica, destacamos a decisão de política monetária a ser conhecida na quarta-feira. Esperamos corte de 75 b.p. na Selic e sinalização de redução no ritmo para a próxima reunião. O Bradesco indica que o cenário benigno para inflação e a retomada gradual da atividade permitirão a continuidade dos cortes de juros em 50 b.p. e 25 b.p., respectivamente, nas reuniões de dezembro e fevereiro, finalizando o ciclo com Selic a 6,75% a.a.

Além disso, serão divulgados os dados de setembro do resultado do balanço de pagamentos, na quinta-feira, que deve seguir mostrando grande “folga” nas contas externas, e os dados do mercado de crédito, na sexta-feira, que devem indicar expansão gradual das concessões.

Na agenda internacional, as primeiras estimativas do PIB do terceiro trimestre do Reino Unido e dos EUA serão divulgadas na quarta-feira e na sexta-feira, respectivamente. Os indicadores continuarão a apontar para o forte crescimento global. Esperamos expansão em relação ao trimestre anterior de 0,6% da economia norte americana e de 0,3% para o PIB do Reino Unido.

Criação de vagas formais em setembro reforça cenário de retomada gradual do mercado de trabalho

Os dados do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo MTE, apontaram a criação líquida de 34,4 mil postos de trabalho formais em setembro. Esse resultado veio abaixo da nossa projeção de 68 mil e, novamente, surpreendeu negativamente o mercado, cuja mediana das expectativas era de uma criação líquida de 60,5 mil vagas. Descontada a sazonalidade, o resultado representou uma queda de 40 mil vagas, ante o resultado negativo de 3,9 mil vagas em agosto. O desempenho de setembro reforça a visão de que a recuperação do mercado de trabalho se dará de maneira gradual, respondendo de forma defasada à retomada da atividade econômica.

Tendências de Mercado

Os mercados acionários iniciam a semana em alta. Na Ásia, a bolsa de Tóquio avançou 1,1%, após vitória da coalizão de Shinzo Abe nas eleições do Japão neste fim de semana, a qual sugere cenário de manutenção dos estímulos monetários e fiscais no país. O índice de Hong Kong recuou 0,6%, enquanto do de Shanghai subiu 0,1%. As bolsas europeias operam em alta, enquanto os índices futuros dos Estados Unidos indicam que suas bolsas devem avançar ao longo do dia.

No mercado de divisas, o dólar ganha valor ante as principais moedas dos países desenvolvidos e emergentes, com destaque para o enfraquecimento do euro em meio ao conflito separatista na Espanha, que se intensificou neste fim de semana após o governo anunciar intervenção na Catalunha.