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Relatório Webshoppers, do Ebit, aponta faturamento de R$ 44,4 bi no ano
O Ebit divulgou na noite de 16 de fevereiro a 35º edição do relatório Webshoppers. Produzido há 15 anos, o estudo traz um apanhado do e-commerce nacional em termos de volume de vendas, faturamento e categorias e apontou o crescimento de 7,4% do setor em 2016, com faturamento de R$ 44,4 bilhões. Embora positivo, é o primeiro resultado que fica abaixo de dois dígitos.
“O comércio eletrônico foi um dos poucos setores a andar na contramão da crise econômica. Além dos preços competitivos na comparação com o varejo físico, o e-commerce também foi beneficiado pela expansão no mercado de smartphones, que trouxe uma enorme gama de novos consumidores”, avaliou o CEO do Ebit, Pedro Guasti.
E as vendas por dispositivos móveis foram as que mais cresceram: de 12,5% em 2015 para 21,5% no ano passado. As mulheres são as responsáveis por 65% das compras realizadas em smartphones, confirmando que os esforços de categorias como Moda e Beleza & Cosméticos no incentivo desse tipo de compra está trazendo resultados.
Perspectivas
Guasti ressaltou que o primeiro semestre de 2016 apresentou queda de 1,8% no volume de vendas – que fechou o ano com recuo de 0,2%. O aumento no faturamento se deu, então, pelo reajuste no preço dos itens. O Ebit avalia que em 2017 o e-commerce irá faturar R$ 49,7 bilhões, com crescimento nominal de 12%. “Além da migração de consumidores do varejo físico, o crescimento do e-commerce deverá ser impulsionado pelo aumento de preços e, também, pela participação das vedas de categorias de produtos de maior valor agregado, tais como eletrodomésticos, smartphones, eletrônicos, acessórios automotivos e casa&decoração”, acredita Guasti.
Segundo ele, um dos maiores desafios do segmento são as categorias de compras recorrentes – como alimentos, por exemplo – onde a participação do e-commerce é irrisória. Outro desafio são os sites internacionais: metade dos consumidores online afirmou ter realizado pelo menos uma compra em sites como Alibaba, Amazon e eBay, por exemplo, em 2016. E essas compras devem aumentar ainda mais com a redução do preço do dólar: “as vendas em sites internacionais continuam sendo impulsionadas por fatores como produtos exclusivos e preços muito competitivos”, ponderou André Dias, COO da Ebit.

