Construção de shoppings busca atender nova classe média.

Se o consumo segue em alta, o varejo agradece, cresce e busca novos clientes. Foi lançado nesta quarta-feira (20), no Rio de Janeiro, o projeto do primeiro shopping em favela do Brasil.
Serão 500 lojas com um investimento de R$ 20 milhões. O local escolhido é o Complexo do Alemão, pacificado há pouco mais de dois anos. Todos os funcionários serão moradores da comunidade.

“Existem algumas favelas que são referência, e o Alemão é uma delas, que movimentam um valor muito expressivo. Essas pessoas saem de suas casas para irem a shopping centers fazer compras. A gente quer oferecer a essas pessoas um shopping dentro de sua própria favela”, diz Celso Athayde, fundador da Cufa, Central Única das Favelas.

O mercado vem percebendo e aproveitando essa disposição pro consumo. No estado do Rio de Janeiro, dos sete shoppings que foram ou serão inaugurados no período entre 2012 e 2014, cinco têm como público-alvo a chamada nova classe média.

“Nós estamos tendo um novo Brasil. Um Brasil em que o comércio, que antes só se preocupava com as classes mais favorecidas, vai ter um comércio profissional voltado para a nova classe média e certamente virão marcas fortes”, afirma Daniel de Plá, professor de Varejo da FGV.