Segundo relatório Focus, haverá redução do PIB em 2013 e 2014

As projeções do mercado das principais variáveis macroeconômicas mostraram ajuste para baixo do PIB este ano e no próximo e inflação praticamente estável, conforme apontou o Relatório Focus − divulgado ontem pelo Banco Central, com estimativas coletadas até o dia 15 de fevereiro. A mediana das expectativas para o IPCA mostrou leve queda para 2013, passando de 5,71% para 5,70% e, para 2014, seguiu em 5,50%. Ao mesmo tempo, a estimativa de crescimento do PIB recuou de 3,09% para 3,08% para 2013, e recuou de 3,80% para 3,65% para 2014. A mediana da projeção para a taxa Selic ficou inalterada em 7,25% e 8,25% para este ano e para o ano que vem, respectivamente. Por fim, ainda respondendo ao movimento de apreciação verificado nas últimas semanas, as projeções para a taxa de câmbio em 2013 passaram por pequeno ajuste, de R$/US$ 2,03 para R$/US$ 2,02 e se mantiveram inalteradas em R$/US$ 2,05 para 2014, considerando a expectativa para final de período.

Área do Euro: surpresa positiva no resultado da conta corrente em 2012 refletiu ganhos com exportações.
As transações correntes na Área do Euro registraram superávit de €13,9 bilhões em dezembro, já corrigidos os efeitos sazonais. Com isso, 2012 encerrou com superávit de €116,1 bilhões ou 1,2% do PIB, em comparação com um saldo positivo de €8,9 bilhões registrado em 2011 (0,1% do PIB). Este aumento resultou tanto da melhora da balança de bens (de €5,1 bilhões para €107,4 bilhões) como de serviços (de €67 bilhões para €89,2 bilhões). O déficit em transferências correntes se manteve praticamente inalterado em € 108,7 bilhões, em comparação com € 106,8 bilhões verificados em 2011. Na conta financeira, em 2012, o investimento direto e em carteira, em conjunto, registraram entradas líquidas acumuladas no valor de €13 bilhões, em comparação com entradas líquidas de €119 bilhões em 2011. Para este ano, a melhora esperada da atividade econômica global deve continuar impulsionando as exportações do bloco, enquanto a redução das incertezas políticas tende a estabilizar o fluxo de investimentos em carteira.