Sindicato briga para manter shoppings abertos

O Sindicato dos Comerciários de São Paulo deve ingressar nesta segunda-feira com pedido na Justiça para participar como assistente no processo que investiga irregularidades em shoppings da capital. O objetivo é conseguir o direito de apresentar argumentos para sensibilizar o juiz na tomada de decisões. “O processo envolve apenas o Ministério Público e a Prefeitura. Queremos representatividade para passar informações relativas às necessidades dos trabalhadores”, diz o presidente, Ricardo Patah.

De acordo com ele, 60 mil pessoas trabalham nos 22 shoppings que têm problemas com documentação e respondem a processo de fiscalização. Eles já acumulam R$ 15 milhões em multas Neste ano. Seis trabalham com liminares que impedem fiscalizações e apenas 19 estão em dia, segundo a Prefeitura.

Após ter a licença cassada, o Pátio Paulista entregou na quinta-feira, dentro do prazo, documentação exigida pelo município para comprovar que oferece o número exigido de vagas de estacionamento. A análise não estava concluída na última sexta à tarde. Foi por estacionamento insuficiente que o Pátio Higienópolis teve alvará de funcionamento cassado no último dia 4 e deveria fechar as portas na próxima sexta, mas a Justiça de São Paulo concedeu, na quarta-feira, liminar que impede a interdição.

manifestação/ Para garantir o funcionamento do Pátio Higienópolis, o Sindicato dos Comerciários realizou um protesto na última sexta de manhã em frente ao shopping. Segundo a entidade, foram mais de 500 participantes. Para Ricardo Patah, os fiscais que teriam recebido propina para liberar obras devem ser presos e os empreendedores devem arrumar uma solução para os problemas, mas os trabalhadores não podem ser prejudicados. Patah afirma que o sindicato está acompanhando todos os casos e não descarta realizar protestos em outros shoppings.

A Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) informou ontem que enviou ofício ao prefeito Gilberto Kassab pedindo audiência para discutir os interesses de lojistas dos shoppings ameaçados. Segundo a entidade, o fechamento dos centros de compras trará prejuízos a empregadores, empregados e toda a sociedade.