O processo de interiorização de shopping centers, que começou há cerca de 10 anos com a saturação desses projetos nas Capitais, vem ganhando força e atraindo cada vez mais empresas dos setores de incorporação e administração desse tipo de empreendimento. Cidades como Lages (SC), Limeira (SP), Várzea Grande (MT), Sinop (MT), Linhares (ES), Blumenau (SC), Três Lagoas (MS), Vila Velha (ES) e Araguaína (TO) estão entre as últimas escolhidas para receber novos shoppings.
Neste cenário, o Interior paulista, responsável pelo segundo maior PIB do País, desponta com grandes oportunidades em cidades de médio porte. É o caso de Bauru (a 345 km de São Paulo), cidade com cerca de 360 mil habitantes onde a Aliansce Shopping Centers – uma das líderes do setor no Brasil – e a Vértico, empresa do Grupo WTorre, vão inaugurar em novembro deste ano o Shopping Nações.
O projeto é ambicioso, com 70 mil m2 de área construída, sendo 30 mil m2 de ABL (área bruta locável). Um pouco antes, em outubro, a mesma Aliansce vai inaugurar um shopping em Vila Velha, Interior do Espírito Santo, no eixo de crescimento da Grande Vitória. Em abril deste ano também abriu as portas do Parque Shopping Belém, que reforçará a atuação da empresa na região Norte do País.
Segundo Ricardo Visco, diretor regional da Aliansce, dados como o crescimento da renda, o baixo nível de desemprego, a posição favorável de Bauru no IDH (índice de desenvolvimento humano), o potencial de consumo e a localização privilegiada na região central do Estado compuseram o quadro positivo que levou a empresa à decisão de investir na cidade, que é polo regional.
“A Aliansce vem acompanhando há muito tempo esse processo de interiorização, tanto que temos shoppings em cidades como Feira de Santana e Campina Grande, na Bahia, e em Campo de Goitacazes, no Rio de Janeiro. O Estado de São Paulo é muito rico, e Bauru é uma cidade bastante próspera, localizada numa região de entroncamento rodoviário que abrange cerca de 2 milhões de habitantes num raio de 150 quilômetros. Tem alto potencial econômico e PIB atrativo”, observa.

