Índice do custo de vida em SP chega a menor taxa desde fevereiro de 2009

O Índice de Custo de Vida (ICV) da cidade de São Paulo ficou praticamente estável em junho, quando registrou alta de apenas 0,02%, a menor taxa desde fevereiro de 2009. Em relação a maio, quando estava em 0,15%, a taxa está 0,13 ponto percentual menor.

Os dados, divulgados nesta terça-feira (06/07), fazem parte de levantamento mensal realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No acumulado dos últimos 12 meses – entre julho de 2009 a junho de 2010 -, o índice avançou 5,58% e, nos seis primeiros meses deste ano, a inflação foi de 3,22%.

As grandes pressões inflacionárias do sexto mês do ano partiram dos grupos Habitação (0,98%) e Despesas Pessoais (2,88%). Por outro lado, as quedas de preços foram observadas em Alimentação (-0,85%) e Transporte (-0,45%). De acordo com o Dieese, a conservação do domicílio puxou a alta de Habitação, com elevação de 3,28%, especialmente por causa do reajuste da mão de obra da construção civil, de 4,70%. Também influenciou a taxa de locação, impostos e condomínio (1,42%).

O reajuste no preço do cigarro (6,46%) foi o responsável pela taxa elevada do grupo Despesas Pessoais (2,88%). Este produto respondeu sozinho por 0,11 p.p. no cálculo do ICV em junho.

Em 12 meses, os destaques ficaram com Saúde (6,68%), Habitação (6,65%) e Alimentação (6,24%). Variações semelhantes ao índice geral foram observadas nos grupos Educação e Leitura (5,77%) e Transporte (5,53%), enquanto taxas negativas foram registradas em Equipamento Doméstico (-1,87%) e Vestuário (-0,95%).

Em Saúde (6,68%), destaca-se a alta maior na assistência médica (7,08%) e menor nos medicamentos e produtos farmacêuticos (5,18%). Na Hasbitação (6,65%), apresentou maior alta o subgrupo da locação, impostos e condomínios (8,27%).

Na Alimentação (6,24%), destacam-se as taxas dos subgrupos referentes aos produtos in natura e semielaborados (8,27%) e alimentação fora do domicílio (8,21%), enquanto a da indústria da alimentação (2,76%) foi inferior. Alguns produtos merecem destaque: limão (85,19%), cebola (66,19%), feijão (59,73%), alho (37,97%) e açúcar (34,88%). Quedas acentuadas foram observadas nos preços do leite longa vida (-15,65%) e dos óleos (-8,89%).