O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, na última quarta-feira (30/06), o preço máximo a ser cobrado de quem for utilizar o Trem de Alta Velocidade (TAV) para viajar entre Rio de Janeiro e São Paulo. A viagem não deve custar mais de R$ 199,80.
O valor, de acordo com a Agência Brasil, foi estimado com base em estudos econômicos e financeiros da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovados pelo tribunal. Com a aprovação dos estudos, a agência poderá iniciar o processo de licitação do empreendimento dentro de 15 dias.
A ANTT estima que, ao todo, devem ser destinados cerca de R$ 33,1 bilhões para o projeto. Desse total, no máximo 60,3% pode ser financiado pelo Governo, por meio dos bancos públicos. “Mas, se houver outro país interessado, como o Japão, a China, Coreia ou França, não será necessário utilizar recursos nacionais”, afirmou, segundo a Agência Brasil, o ministro do TCU, Augusto Nardes.
Para vencer a licitação, a empresa deve oferecer a menor tarifa para o trecho expresso entre Rio de Janeiro e São Paulo. Conforme afirmou o diretor-geral da ANTT, Bernardo Gonçalves de Oliveira, durante audiência realizada na Câmara dos Deputados, os participantes da licitação deverão entregar suas propostas em até cinco meses após a abertura do processo.
Para participar da construção do trem-bala, o Governo deve criar uma estatal, a Empresa do Trem de Alta Velocidade. O percentual de participação da empresa na empreitada dependerá de quanto o Governo destinará para as desapropriações de terras para a construção da ferrovia.
O TAV deve passar por ao menos oito estações, ligando as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. Somente o tempo do percurso do trecho entre as capitais paulista e carioca deve ser de 1 hora de 33 minutos.
De acordo com o relatório da ANTT, aprovado pelo TCU, a receita operacional bruta do empreendimento será de R$ 192,7 bilhões durante os 40 anos de vigência da concessão. Por ano, estima-se que 18 milhões de pessoas poderão circular anualmente nessa ferrovia. Dentre as vantagens do novo meio de transporte estão a possibilidade de os usuários utilizarem telefone e internet durante o trajeto.

