O site de compras online com desconto GroupOn, inaugurado em 2008 nos Estados Unidos, já está no Brasil. A empresa entrou no País por meio da aquisição do site ClubeUrbano, e a compra foi realizada em junho, por valor não revelado.
Nos Estados Unidos, o GroupOn ajudou a popularizar o conceito de compra coletiva online. Neste modelo, uma oferta é divulgada online, mas só passa a valer depois que um número de pessoas tenha concordado com a compra. No Brasil, o esquema é adotado por sites como Peixe Urbano, ClickOn e Coletivar.
A presença do GroupOn no Brasil faz parte de um plano agressivo de expansão global. Em maio, a empresa comprou a CityDeal, com sede em Berlim e atuação na Europa; em junho, foi a vez do chileno ClanDesconto. Para sustentar esse pique, a empresa acaba de receber um aporte de capital de risco de US$ 135 milhões.
“O Brasil é um mercado em que gostaríamos de estar desde o começo”, disse o CEO do GroupOn, Andrew Mason. “Queremos ter presença em toda a América Latina, mas sem pressa. Muito em breve estaremos na Argentina e, mais tarde, no México.” No mundo, a empresa emprega mil pessoas, 300 nos Estados Unidos, e 600 na Europa e na América Latina.
A estreia no Brasil, no entanto, não é completa. No site, a empresa chegou a divulgar ofertas falsas e operações inexistentes em diversas cidades. Embora nenhuma compra falsa pudesse ser concretizada, o conteúdo irritou alguns internautas, que se manifestaram em sites como o TechCrunch. “Nós entendemos a frustração, e não foi nossa intenção provocá-la. Foi simplesmente uma decisão ruim”, explicou Mason ao IDG Now!. “Vamos providenciar a retirada das ofertas”, prometeu.
O CEO disse ainda que o uso da marca americana GroupOn ainda não ocorreu por causa de questões envolvendo a reserva do domínio web, ainda em negociação. Apesar da turbulência inicial, o CEO acredita que o site irá reproduzir o sucesso norte-americano. “Estou certo que nossa experiência em mercados altamente competitivos como o americano e o europeu fará a diferença. As pessoas querem comprar de nós porque confiam”.

