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A revolução digital já interfere na maneira como as pessoas se
relacionam, se comunicam e, principalmente, como fazem compras:
além de bater recordes em número de smartphones em uso e de
vendas de tablets, o uso de cartões de débito e crédito para o
pagamento das compras está em franca ascensão. O “dinheiro de
plástico” há muito substituiu o dinheiro de papel, os cheques e, até
mesmo, os boletos. Acompanhando essa tendência, as maquininhas
já são comuns em todos os estabelecimentos comerciais,
independentemente do porte ou segmento de atuação. Mas elas
também já estão ficando ultrapassadas: a tendência, agora, é a
“carteira digital”. Os pagamentos são feitos pelo próprio celular.
Não se trata da substituição de um instrumento de captura por outro, mas
sim, da ampliação de opções de forma que o varejista passa a ter mais
alternativas à sua disposição. Assim, ele pode escolher a ferramenta que
melhor se adapta ao seu tipo de operação ou ainda pode escolher todas
elas, sendo uma para cada tipo de funcionamento do estabelecimento
(loja física, comércio eletrônico e delivery, por exemplo).
Para os varejistas, a opção de receber via dispositivos móveis
é muito promissora, principalmente porque a comodidade e a
facilidade para o cliente o estimula a comprar bens e serviços.
Claudio Dias, cofundador da GoPay, empresa brasileira que
desenvolveu e oferece aplicações utilizadas por varejistas e
compradores para capturar e efetivar transações de pagamento
de maneira móvel, afirma que “os pagamentos móveis darão a
possibilidade para os clientes utilizarem o celular para efetuar a
compra. Isso facilitará o processo e trará benefícios tanto para o
portador quanto para o estabelecimento”.
Porém, vale ressaltar que os que querem investir no mobile
payment precisam ter em mente a necessidade de oferecer
ao consumidor a melhor experiência possível da loja em seu
smartphone. Ou seja: ter uma plataforma tecnológica de ponta,
rápida e intuitiva, para garantir que o cliente compre, volte para
futuras aquisições e recomende o serviço.
Opções não faltam. As três maiores operadoras do Brasil –
Cielo, Rede e a recém-chegada, Elavon – já dispõem de serviços
que dispensam o uso das maquininhas para o recebimento dos
pagamentos feitos pelos clientes. “Consideramos o pagamento
móvel, ao lado do e-commerce, um dos pilares estratégicos para
pavimentar o crescimento sustentável da Cielo nos próximos anos.
Acreditamos que, num futuro próximo, as atividades do dia a dia
das pessoas – o que inclui os hábitos de pagamento – convergirão
para o ambiente mobile”, declara Luiz Henrique Didier Jr., diretor
de Canais de Inovação da Cielo.
Lançado em 2010, o Cielo Mobile transforma smartphones e
tablets em uma “máquina Cielo”. Em outubro passado, a empresa
apresentou ao mercado a evolução dessa solução, agora a única
do mercado que recebe todo o tipo de pagamento: débito, voucher
e crediário em até 48 vezes, além do crédito à vista e parcelado,
por meio de um leitor de cartão que se conecta ao celular do
vendedor via bluetooth. Voltada aos profissionais liberais,
microempreendedores e lojistas, a solução está disponível para as
plataformas iOS e Android.
“A segunda oferta é o que chamamos de carteira eletrônica,
voltada ao consumidor final, que pode habilitar o seu aparelho a se
tornar um meio para o pagamento de suas compras em qualquer
máquina da Cielo no Brasil ou no e-commerce”, destaca Didier
Jr. Para citar um exemplo, quem já possui um cartão de banco
que oferece esse tipo de solução pode optar por pagar utilizando
apenas o número do celular, em uma transação que é feita na
própria máquina da Cielo e autorizada pelo usuário por SMS, uma
tecnologia simples, rápida e acessível a toda a população.
VAREJO BRASILEIRO SE PREPARA PARA OS PAGAMENTOS
FEITOS PELO CELULAR
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