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Empresas como Chanel, Armani, Lancôme, Cacharel, Dior
e uma série de outras de renome usam o design como um
excelente apelo aos seus produtos. “O grande ícone, para mim, é
o Chanel no.5, mas é óbvio demais, não é?”, questiona Santilli.
“É que eles conseguiram criar um estigma neste produto, um
caso único no mercado, não só de perfumes”, explica.
No Brasil não podemos deixar de citar a Natura – cujo destaque
vem da preocupação em apresentar-se como uma empresa de
ponta no setor de cosméticos, o que se reflete diretamente no
design das embalagens – e a Quem Disse Berenice?, ambas
vencedores do Prêmio ABRE 2013. Mas elas são exceções, no
ponto de vista deYnouye. O designer acredita que à indústria
nacional ainda faltam inovação e uma percepção mais apurada
do seu público real. “Trazer valores pessoais é importante, como
investir em ergonomia e estética, mas é imprescindível que o
produto traga valores coletivos também, como um sistema de
logística inteligente e descarte sustentável”, diz.
Santilli discorda, bradando que sempre há espaço para a
inovação. “Aliás, quem não se dá a chance de inovar estará
fadado ao fracasso, ainda mais numa sociedade como a nossa
que busca o novo incessantemente”. Fazendo um paralelo com a
área da gastronomia, ele cita a busca por novos sabores que tem
resultado em pratos incríveis. “e sabores têm uma relação muito
íntima com fragrâncias; aliás, eles caminham juntos”, ressalta.
Portanto, assim como novos sabores, novas fragrâncias
estão encontrando um mercado ávido por inovações, e estes
novos produtos devem demonstrar que são diferentes já no
primeiro contato que o consumidor tem com o produto, que
é a sua embalagem!
Ícones
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