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“Sempre tive o sonho de transformar a Chilli Beans em uma marca
global”, revela Caito, contando que a expansão internacional
da sua empresa começou com o interesse de estrangeiros, que a
conheceram aqui no Brasil. O primeiro ponto de venda fora do
país surgiu em 2005, um quiosque em Lisboa. De lá pra cá, foram
dezenas de unidades espalhadas pelos principais shoppings centers
e centros comerciais dos países citados acima – Caito projeta a
inauguração de 40 lojas em Israel nos próximos 3 anos. O Oriente
Médio já conta com 10 unidades franqueadas da Chilli Beans – o
número deve chegar a 50 até 2017.
Mas esse sucesso foi calcado em meio a alguns desafios: a
escolha dos parceiros comerciais, a logística de distribuição dos
produtos e a adequação das campanhas publicitárias, entre eles.
“O segredo do sucesso da franquia é o parceiro. Na Colômbia,
começamos mal, mas já conseguimos contornar os obstáculos”,
pontua Caito.A questão da distribuição dos produtos, fabricados
aqui no Brasil, também exigiu uma nova ação: em 2015, a Chilli
Beans terá um centro de distribuição emLosAngeles – o que, além
de agilizar a entrega dos lançamentos para as lojas dos EUA, Europa
e Oriente Médio, contornará a “tributação ridícula do Brasil”, nas
palavras do empresário. “O país te expele. Se tirarmos o Brasil da
conta, podemos reduzir o preço [final] pela metade”, ressalta Caito.
Outra adequação da marca está relacionada à veiculação das
campanhas publicitárias, principalmente no Kuwait. Conhecida
como uma empresa provocativa, ardente e envolvente, a Chilli
Beans, “a marca da pimenta”, faz alguns recortes e alterações
nas campanhas veiculadas do país árabe.
“Os produtos comercializados no exterior são, praticamente,
os mesmos que vendemos no Brasil”, afirma Caito, reforçando
que o lançamento é quase simultâneo. As adaptações estão
Global
Aceitação
NOVIDADES
INTERNACIONALIZAÇÃO
DA CHILLI BEANS
TEXTO_DANIELA SANTOS
relacionadas às épocas do ano: quando é verão por aqui, é
inverno nos Estados Unidos. “O mês com as melhores vendas
nos EUA é julho”, diz ele.
A marca também passa por uma customização de acordo com a
localidade onde a loja está instalada: “não replicamos o mix 100%
igual ao que vendemos no Brasil. Identificamos as modelagens,
coleções e campanhas que mais combinam com o público local”,
explica. Caito acredita que o “sex appeal” da Chilli Beans e
os bons preços praticados são os principais atrativos para os
consumidores estrangeiros. Outro fator preponderante para o
sucesso dessa empreitada é o engajamento dos colaboradores:
“depende 200% de gente. Gente viciada na marca, que possa
representar a Chilli Beans em qualquer lugar. Tem que ser
jovem, ter tesão, ter disposição”, acredita Caito. Além de todo o
investimento na preparação dos funcionários das lojas brasileiras,
a empresa destaca alguns profissionais daqui para supervisionarem
os trabalhos das lojas estrangeiras.
“Quando o brasileiro vê a marca fora do Brasil, em frente
ao Ceasar Park em Las Vegas, por exemplo, nos dá ainda mais
crédito”, avalia Caito. Ele comemora: “é muito legal ver como as
coisas estão acontecendo em Dubai, no Peru, nos EUA...”
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